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Feriadão no Litoral

Domingo tem sol, máscaras e álcool gel na beira da praia de Capão da Canoa

Orla lotou na véspera do feriado de Nossa Senhora Aparecida. Apesar da maioria seguir as regras impostas pela pandemia, teve quem não se importou em seguir as normas em público

11/10/2020 - 21h34min


Aline Custódio
Aline Custódio
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O céu azul e a temperatura na faixa de 20°C fizeram lotar o calçadão da Avenida Beira-Mar e as praias de Capão da Canoa, no Litoral Norte, neste domingo (11), véspera do feriado de Nossa Senhora Aparecida, mesmo em meio à pandemia de coronavírus. A maior parte dos visitantes estava saindo para passear pela primeira vez desde o início do distanciamento social, em março.

Situação vivida pelo casal Kátia Delanora, 32 anos, e Ismael Cazer, 41 anos, que, junto com o filho Davi, seis anos, e os amigos, o casal de servidores públicos Camile Casangrande, 31 anos, e Valdir Lavandoski, 41 anos, saíram de Bento Gonçalves, na Serra, no sábado para retornarem na próxima terça-feira (13). Na tentativa de manterem-se distanciados de outras pessoas, optaram por alugar um apartamento na cidade litorânea. 

— Para as refeições, procuramos e encontramos um restaurante onde nos deram luvas descartáveis e exigiram a máscara para permanecermos dentro do estabelecimento. Nos sentimos mais seguros — contou Cazer que, assim como os demais, permaneceu de máscara no calçadão.

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Tentando fugir do movimento em Gramado, onde mora, a compradora Franciele Benetti Foss, 33 anos, chegou a Capão com a família na noite de sábado, mas se assustou com o movimento de pessoas.

— Dá uma tensão ver tanta gente. Chegamos cedo à praia e já vamos voltar para casa porque está aumentando a movimentação de gente sem máscara — confessou. 

Na faixa de areia, muitos optaram por não usar a proteção facial, mesmo quando estavam próximos de outros grupos. Não foi o que ocorreu com as amigas Fabiane Rodrigues, 42 anos, e Gabriela Soares, 36 anos, moradoras de Porto Alegre e que levaram para a praia itens indispensáveis em meio à pandemia: máscara e tubo de álcool gel.

— Estou alternando momentos de pânico e de tranquilidade. Buscamos um ponto mais isolado, evitamos o quiosque e pedimos para o garçom vir até nós. Não podemos esquecer que a pandemia segue — ressaltou Fabiane, apoiada pela amiga.

André ¿?vila / Agencia RBS
Camile e João Vitor não dispensaram a máscara para caminhar na beira da praia

Mesma posição teve o casal de universitários Camile Franciosi, 19 anos, e João Vitor Bitencourte, 22 anos, de Arroio dos Ratos, que se surpreendeu com o movimento intenso na praia neste feriado. Usando protetor solar, os dois caminhavam pela areia usando máscara e tentavam evitar espaços com mais pessoas. Ambos estavam passeando fora da cidade de origem pela primeira vez desde o início da pandemia.

— Percebemos que, pelo menos, a maioria está evitando aglomerações. Nós procuramos um restaurante mais vazio para almoçarmos. Não vamos baixar a guarda — comentou João Vitor.

— Não tem jeito. A marquinha do verão vai ser a máscara — completou Camile.

Sem se importarem com o sol intenso das 12h30min, cinco amigos do time de futebol sete Rosário Central, de Porto Alegre, batiam uma bola na faixa de areia. Todos com máscara. Também estreando em viagem desde o verão mais recente, o grupo preferiu alugar um apartamento e fazer as refeições em casa, como tentativa de evitar maiores aglomerações.

— É preciso manter o máximo de cuidado, respeitando as regras — sintetizou o administrador Nathan Peglow, 26 anos, pivô do time.


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