Seu Problema é Nosso
Tia Lolô precisa de uma nova impressora para manter trabalho voluntário, em Viamão
A máquina da associação comunitária está com problema e acaba desperdiçando material. Tia Lolô também precisa de doações de alimentos, leites e agasalhos. Confira como ajudar!
Dividir com o próximo sempre foi uma característica de Losângela Ferreira Soares, 51 anos, a Tia Lolô. Não seria diferente durante a pandemia de coronavírus, em que diversas famílias atendidas pela Associação Comunitária Beneficente Tia Lolô do Ônibus, na Vila Orieta, no bairro Florescente, em Viamão, foram abaladas pela crise financeira.
Para custear a comprar dos produtos que são doados à comunidade e pagar as contas da associação, Lolô tem personalizado camisetas, chinelos e canecas em uma impressora de sublimação. No entanto, o aparelho não está em boas condições e acaba desperdiçando o material.
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– Faço as camisetas estampadas, mas a minha impressora funciona muito mal. Quando mando imprimir duas camisetas, a estampa acaba saindo apenas uma. Ela está com problema e, por isso, não rende o trabalho e ainda perco a tinta, que também é cara – explica Lolô.
Um dos seus desejos é uma impressora nova, com maior capacidade de produção, pois o retorno das vendas tem sido essencial para manter o trabalho associação.
Leite
O valor da venda das produções é também usado para a compra leites especiais que são direcionados às crianças do projeto social.
– Temos que pagar o aluguel da escolinha antiga, e as despesas básicas da Estação, que foi construída pelo programa do Luciano Huck. Também tem os leites especiais, que mesmo em promoções, são caros. Eu sei que essas crianças dependem de mim – afirma Lolô.
Trabalho
De portas fechadas para o público, o trabalho da associação não parou. Segundo Lolô, agora, todo esforço é voltado para a montagem e distribuição de cestas de alimentos e agasalhos para quem precisa. Mas, a luta da voluntária não tem sido fácil, já que o número de doações que chegava na associação do projeto diminuiu.
– Está muito complicado. Pessoas que doavam com frequência agora vêm para me pedir ajuda. No início da pandemia, essa situação me bateu um desespero. Hoje, estamos montando kits com alimentos e produtos de sacolão. Faço a divisão, se a casa tem mais adultos, mando mais feijão e arroz. Se tem crianças, mando leite. São muitas famílias –relata Lolô.
Dias melhores
Além de cuidar da alimentação e da vestimenta, Lolô ainda entrega máscaras para a proteção do vírus. Em relação ao funcionamento do projeto social com o retorno das crianças, Lolô ainda não tem previsão:
– Precisaríamos de doações de materiais de higiene e de limpeza. Ainda não temos como retornar. No último Dia das Crianças, conseguimos distribuir pacotinhos de doces para a criançada. Mas não foi como nos outros anos, com uma festa e música.
A entrega das guloseimas atingiu mais de 500 crianças.
– Isso vai passar e vamos conseguir reunir a criançada de novo na nossa sede! – afirma.
História
Com mais de 25 anos de trabalho social, a Tia Lolô contribuiu no desenvolvimento de centenas de crianças de Viamão.
Em julho do ano passado, a história da associação foi contada no quadro “Um Por Todos, Todos Por Um”, do Caldeirão do Huck. Após a visita do apresentador Luciano Huck, o espaço antigo, onde fica a carroceria do ônibus, foi reformado e também foi construída a Estação Tia Lolô, nova sede da instituição.
Hoje, mais de 200 crianças e adolescentes estão cadastrados na associação.
COMO AJUDAR A TIA LOLÔ
/// Tia Lolô precisa de uma impressora de sublimação para a produção de produtos personalizados.
/// A associação também precisa de alimentos (inclusive, de sacolão), leites (líquido, em pó e especiais) e gás de cozinha, além de agasalhos.
/// Doações podem ser entregues na instituição, localizada na Rua Pedro Moreira Lobato, número 490, Vila Orieta, Viamão.
/// Também são aceitas doações via depósito ou transferência. Agência 0965, conta 06.857289.0-8, Banrisul, CNPJ 06983499/0001-80.
Produção: Caroline Tidra