Seu Problema é Nosso
Corrente solidária quer garantir ceia para famílias
Movimento Corrente do Amor atende público da zona norte de Porto Alegre e de Viamão
Em poucos dias, o ano de 2020 acabará. Mas a solidariedade e a motivação para ajudar o próximo, intensificada por ações que marcaram este ano devido à pandemia de coronavírus, continuarão. É o pensamento da autônoma aposentada Denise Nunes Costa, 53 anos, moradora da Capital.
– Eu e meu esposo sempre ajudamos pessoas, mas era esporádico, não era um trabalho contínuo. Com a pandemia, vimos muitas famílias passando necessidades, sem comida, sem o que vestir. Começamos a doar o que tínhamos e a pedir contribuições em grupos. Assim nossa corrente iniciou e já distribuímos mais de mil cestas básicas – conta Denise.
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Com o foco em ajudar famílias da Zona Norte e de Viamão, Denise e o esposo Renan Leite batizaram o movimento solidário de Corrente do Amor. Segundo a autônoma, hoje, o casal é referência de quem precisa e de quem doa.
– Nosso movimento é independente, não participamos de ONGs e todas as arrecadações são feitas por aqueles que se identificam com o nosso trabalho. Todos me conhecem, principalmente nas vilas onde entregamos. E se alguém precisa de alimento, me procura. Eu dou um jeito, eu peço, busco, separo e levo – explica Denise.
Agora, o casal já planeja ações para as datas festivas do final de ano. Se depender da boa vontade da dupla, a ceia estará garantida para diversas famílias:
– Queremos doar o básico, um cesto para a ceia de Natal, e levar alguns presentinhos para as crianças. Por isso, criamos a vaquinha online, mas até agora só tem R$ 100 – detalha a voluntária.
Dificuldades
Além do alimento, Denise conta que também recebe outras doações, desde roupas até eletrodomésticos, e encaminha para quem precisa. Ela destaca que os itens mais necessários têm sido papel higiênico e produtos para bebês:
– Doamos fraldas, lencinhos, leite, pois há muitas crianças. Além de roupinhas e calçados.
No entanto, fazer o trajeto para entregar a doação aos necessitados tem sido um desafio, devido à falta de um veículo. Segundo a voluntária, seu carro estragou e, no momento, ela tem usado aplicativos para o trabalho solidário.
– Pelo menos, em quatro dias da semana, saímos para entregar alimentos e marmitas prontas a famílias e moradores de rua. Mas nem sempre o motorista de aplicativo quer fazer a rota conosco. Pagamos a mais pelo serviço, pois não deixamos de levar. Tiramos do nosso bolso – afirma Denise.
A recompensa do esforço, segundo Denise, é o legado que ela busca deixar para as pessoas que a conhecem:
– É um trabalho de formiguinha. A gente tem que dar continuidade, temos que olhar para o próximo e construir um legado, não só durante a pandemia.
COMO AJUDAR
/// Doe por meio da vaquinha online.
/// Também são aceitas doações via depósito ou transferência. Agência 0436, conta 072396-0, Caixa Econômica, nome do titular Denise Nunes Costa.
/// Para acompanhar as ações do Corrente do Amor, acesse o Instagram @eudenise.correntedoamor.
/// Para mais informações, entre em contato com Denise pelo telefone (51) 99193-0313.
Produção: Caroline Tidra