Nada de acomodar-se com as coisas como estão. Para o grupo de empreendedoras Restinga, toda oportunidade de reinventar é abraçada. Agora, mais uma novidade está sendo organizada por essas mulheres que tocam seus próprios negócios num dos bairros mais tradicionais da Zona Sul. No dia 30, último domingo de maio, entrará em ação a primeira multifeira de empreendedoras da Restinga. Em tendas na Avenida Macedônia, próximo ao Centro Comunitário da Restinga (Cecores), as gurias vão apresentar e oferecer variados serviços que vão desde artesanato até alimentação, beleza e cuidados pessoais. 

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Depois do pontapé inicial, o objetivo é que a feira ocorra todos os domingos, trazendo de volta para a Restinga um espaço que não era explorado há tempos. A multifeira tem apoio do Sebrae e da prefeitura de Porto Alegre, além de outras organizações.

 —  Temos o Brique da Redenção como algo tradicional aqui em Porto Alegre. A ideia é reproduzir um pouco disso aqui na Zona Sul, sempre focando no nosso objetivo de valorizar o bairro onde vivemos  — explica Roberta Capitão, presidente da Empreendedoras Restinga.

O grupo de mulheres foi formalizado em dezembro de 2019, mas as atividades já aconteciam desde maio do mesmo ano. Segundo Roberta, a ideia de criar o grupo veio de conversas informais entre as empreendedoras, onde compartilhavam os desafios de ser mulher e empreender em um bairro periférico. Hoje, a empreendedoras Restinga é uma associação com mais de 70 participantes. São advogadas, contadoras, psicólogas, dentistas, esteticistas, comerciantes, artesãs e outras várias profissões ocupadas pela força feminina. 

Artesanato

Para a primeira feira, serão 20 estandes. Roberta cita que já há lista de espera. Mas, como todo o trabalho está sendo custeado pelas próprias integrantes do grupo, será necessário mais tempo para o acréscimo de tendas e, consequentemente, o crescimento da multifeira. Na primeira feira, os principais quiosques serão focados em artesanato local.

 Também haverá uma tenda especial da associação, onde devem ocorrer palestras para mulheres empreendedoras. Brinquedos como pula-pula também estarão disponíveis para pais que levarem a criançada ao local. As tendas e todo o evento seguem os protocolos de distanciamento do governo estadual, garante Roberta. 

União para colocar em prática

Durante o processo de formulação da feira, as empreendedoras correram atrás de apoios e patrocínios para o evento. Em um cenário econômico complicado, o auxílio ficou distante. Mas, não foi um fator decisivo para derrubar o projeto, pelo contrário. Custeando do próprio bolso, as mulheres conseguiram a aquisição das tendas e materiais de divulgação da feira, além de um item especial que deve fazer muito sucesso entre os visitantes. Um letreiro com o nome da Restinga promete ser ponto de muitas selfies e fortalecimento da relação entre moradores e seu bairro.

 — Cada letra custou R$ 300 e cada uma ajudou como pôde. O letreiro é para marcar a importância de valorizarmos o nosso local, de onde começamos e onde estamos crescendo  — pontua a presidente da associação.

Saiba mais

 — A Associação empreendedoras Restinga busca parcerias e patrocinadores para a multifeira.

 — Interessados em conhecer o trabalhos destas mulheres podem encontrar o grupo no Instagram, pelo @empreendedoras_restinga.

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