Transporte público
Empresas adiam circulação de ônibus sem cobrador em Porto Alegre
Início da operação estava previsto para esta terça-feira, mas prefeitura não deu o aval a tempo
Prevista para iniciar nesta terça-feira (1º), a operação dos ônibus sem a presença de cobradores em Porto Alegre foi adiada. Ainda na quinta-feira (27), após a publicação do decreto que regulamenta o projeto, as empresas enviaram uma solicitação à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) com um plano para circular com 14 linhas de seis empresas concessionárias.
A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) esperava a aprovação do cronograma a tempo de valer já no primeiro dia de fevereiro, como forma de garantir o alinhamento com o cálculo tarifário, também inicialmente programado para terça-feira. O impacto previsto com a retirada dos cobradores é de R$ 0,25 a menos na passagem no primeiro ano. No entanto, o prefeito Sebastião Melo não irá fazer o anúncio nesta semana, alegando aguardar a resposta do governo federal sobre um aporte para financiar o transporte público dos municípios.
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— Seguimos no aguardo para saber quando poderemos iniciar a circulação e esperamos que a autorização ocorra ainda neste mês — afirma o engenheiro da ATP Antônio Augusto Lovatto.
Em nota, a EPTC afirmou que ainda está analisando a sugestão sobre as linhas de ônibus que poderão circular sem cobrador e que ainda não há uma definição de data para isso ocorrer. O projeto prevê que, em um primeiro momento, os passageiros que utilizam dinheiro para pagar a passagem o façam direto ao motorista, que deverá apertar um botão autorizando a entrada nos ônibus. As empresas se comprometeram a disponibilizar, em até 60 dias, um serviço de leitura de QR Code para dar mais agilidade aos usuários.
Além da discussão sobre a operacionalização, a prefeitura avalia, junto aos empresários, alternativas de cursos profissionalizantes para os cobradores de ônibus que deixarão seus postos. Também por meio de nota, a EPTC informou que está estudando as melhores alternativas de cursos junto ao Sest, Senat e Senai. A medida consta no projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal no ano passado.