Brique do DG
Conheça a história do casal que foi da venda de pães de queijo à própria empresa
Cinco anos depois de criar a Recheadinhos, eles transformaram o negócio em uma cafeteria na Lomba do Pinheiro
Repensando o caminho que trilharam, Thaiane Zanela, 29 anos, e Ricardo Frozi, 32, não se arrependem de nada. Neste ano, a Recheadinhos, empresa criada pelo casal no bairro Lomba do Pinheiro, na Capital, completa cinco anos. Começou em novembro de 2017, em uma barraquinha de venda de pães de queijo recheados.
– Meu tio nos ofereceu um espaço no estacionamento do supermercado dele, e nós íamos todos os dias para lá, montávamos tudo e ficávamos das 8h às 21h, quando desmontávamos tudo – recorda Thaiane, que abandonou a carreira como fisioterapeuta para empreender.
Mas o negócio cresceu e ganhou mais estrutura: um ambiente com mesas, um deque e três funcionários. E, hoje, o casal se orgulha ao dizer que a Recheadinhos é a primeira cafeteria do bairro. Segundo eles, antes de adotarem esse título, realizaram uma pesquisa e perceberam que esse era um serviço que não existia na Lomba.
– Fizemos um investimento neste ano e viramos uma mistura de cafeteria com lancheria. O pão de queijo ainda marca a nossa identidade, mas, talvez, vendamos até mais churros que o próprio pão de queijo. Temos de tudo: lanches, cafés, hambúrgueres e até chope – diz Ricardo.
Trajetória
Mesmo orgulhosos do resultado, Thaiane e Ricardo não romantizam o caminho que percorreram no empreendedorismo. O casal conta que a insegurança foi uma companheira constante.
– Passávamos um dia inteiro trabalhando para faturar R$ 120. Descontando o que gastávamos, não sobrava quase nada. Muita gente ria e achava que era loucura continuarmos com a Recheadinhos – relembra Ricardo.
Lidar com as dificuldades exigiu persistência e paciência de ambos. O processo envolveu alguns passos: entender o produto que gostariam de comercializar, o público para o qual iriam vender e aprender o máximo possível sobre empreendedorismo.
– Nosso plano sempre foi oferecer um produto de qualidade, realmente gostoso, mas por um preço acessível. Só que não estávamos comunicando direito. As pessoas olhavam e não compravam, pensando que fosse caro – conta Ricardo.
Ainda assim, a filosofia se manteve. E as vendas aumentaram à medida que eles foram descobrindo mais sobre o mundo dos negócios. Motivo pelo qual, quando questionados, respondem que a curiosidade e a disposição de aprender e se informar são essenciais a quem busca empreender.
– Nós não tivemos nenhum apoio, não fizemos curso e fomos errando e aprendendo. Demoramos para fazer o MEI, que acabou sendo muito importante. Por isso, nosso conselho agora é que as pessoas se informem e planejem antes. A internet tem muita informação – explica Thaiane.
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Ela diz que, junto à curiosidade que os moveu, a figura do Microempreendedor Individual (MEI) foi essencial para que eles formalizassem o negócio.
– Muitas pessoas nem sabem o que é e como fazer, mas é fundamental se informar sobre isso e tudo mais que for possível, porque empreender não é tão romântico e fácil quanto parece.
Entenda o MEI
/// O MEI é a alternativa jurídica para pequenos empresários regularizarem seus negócios. Além disso, ele garante ao empreendedor e seus dependentes benefícios previdenciários previsto em lei (licença-maternidade, aposentadoria etc.).
/// Podem ser MEI os empreendedores que faturam até R$ 81 mil por ano – ou R$ 6.750 mensais. Não é possível ter sócios no negócio ou ser dono de outras empresas. Para a atividade ser registrada, não é permitido ter filiais e mais de um funcionário, que deve receber, no máximo, o piso de sua categoria.
/// A adesão ao MEI é gratuita e pode ser feita pelo próprio empreendedor, no portal Empresas & Negócios do governo federal. Basta acessar bit.ly/acesse-mei, clicar em “Formalizese!” e fazer o login com o seu usuário gov.br.
Fonte: Portal Empresas & Negócios do governo federal
Produção: Guilherme Jacques