Seu Problema é Nosso
Grupo de dança pede apoio para competir no Exterior
Companhia de Viamão foi aprovada em seletiva para representar o Brasil em um dos maiores eventos de hip hop do mundo
A história do grupo de dança Performance Company, de Viamão, é longa. O projeto teve início em 1997, com apresentações de covers, principalmente do grupo musical norte-americano N’Sync, reconhecido pelas coreografias que executavam em shows. Logo após, se consolidou na forma de aulas de dança em uma escola da cidade. Quando não foi mais possível manter vínculo com a instituição, a iniciativa transformou-se em uma equipe independente e voluntária.
Os atuais coordenadores, Tiago Garcia (Porongo) e Thiago Oliveira (Thiaguinho), fizeram parte de quase toda a história do grupo e, hoje, se preparam para um novo capítulo dessa narrativa. Selecionado na terceira colocação do país para o Hip Hop International, uma das maiores competições desse estilo de dança, o grupo de dançarinos busca ajuda para custear as despesas para levar a equipe de 17 pessoas para o Exterior. O evento acontecerá no Estado do Arizona, nos Estados Unidos, entre os dias 6 e 13 de agosto. Mas, para participar, precisam de R$ 190 mil.
– A maioria do pessoal não tem o passaporte e o visto. A passagem é o mais caro, com certeza. Além disso, tem a questão do hotel e da alimentação. Se precisar, vamos levar um colchão inflável. Dormir no chão não é nada que já não tenhamos feito – conta Porongo.
Do valor total, o grupo só conseguiu arrecadar R$ 1 mil, por meio de brechós, doações e rifas. Com o tempo passando, os dançarinos se preocupam se será possível realizar esse sonho, uma vez que as passagens aéreas ficam mais caras à medida que a data se aproxima. Além disso, pouca ajuda está sendo ofertada.
Trilha
Com o tempo, a equipe foi se estruturando. Conseguiu parcerias com estúdios para ensaiar algumas vezes na semana. E também passou a fazer apresentações artísticas e a participar de competições. Mas, apesar da organização, por serem todos voluntários, nem sempre o grupo conseguiu se manter totalmente unido. É o caso de Tamara Veiga, que participou do começo, mas depois se afastou. Apesar do hiato, está de volta e muito animada:
– Quem não trabalha com a dança, em algum momento da vida, acaba tendo que se afastar. Mas é muito bom quando a gente consegue retornar – diz.
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Impulso para nova história
O sentimento de transformação também está presente em Paula Gabriela de Oliveira, conhecida como JJ. A integrante se aproximou da companhia em um momento decisivo de sua vida e encontrou lá um impulso para trilhar nova história.
– Quando eu entrei no grupo, estava passando por uma fase bem delicada. Era a pessoa que não falava, não se expressava, tinha medo de tudo. No Performance, voltei a ver cor na vida, então me agarrei nisso e neles – afirma.
Segundo Thiaguinho e Porongo, antes do Performance, apenas um grupo gaúcho se classificou para o Hip Hop International. Os coordenadores contam estudar os passos de quem veio antes para aperfeiçoar o próprio grupo. Avaliam que o trabalho de longa data de melhorias foi o que proporcionou que o hip hop do Estado pudesse ser representado de novo no Exterior.
– Acho que a vaga na seleção brasileira do Hip Hop International foi um bônus, é algo que sonhamos há muito tempo. É uma coisa que nos toca muito, porque a gente nunca teve oportunidade. Então, estamos correndo atrás para participar do evento, e a gente vai conseguir ir para o mundial e levar o nome do Rio Grande do Sul e de Viamão para lá – torce Thiaguinho.
Contribua
/// É possível ajudar o grupo de dançarinos com doação de uniformes para a competição ou colaborar com qualquer valor pelo PIX 51991302964.
/// Os bailarinos ainda buscam patrocínios, apoio de órgãos públicos e privados ou qualquer parceria que possa contribuir com a causa.
/// Mais informações com Tiago Garcia, (51) 99130-2964, ou com Thiago Oliveira, (51) 98405-2758.
Produção: Júlia Ozorio