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Moradores aguardam por reforma de ponte há dois anos

Travessia, na Lomba do Pinheiro, é essencial para que comunidade possa acessar diversos serviços

13/05/2022 - 14h29min

Atualizada em: 13/05/2022 - 14h32min


Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Acesso à ponte apresenta problemas e preocupa moradores

Em março de 2020, o Diário Gaúcho publicou a primeira reportagem sobre a situação da ponte que liga as ruas Arvoredo e Campinas do Sul, no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. Na ocasião, os moradores do bairro reclamavam da estrutura precária, que apresentava rachaduras e corrimãos soltos. Eles tinham receio de que um acidente pudesse ocorrer, em razão da falta de segurança.

Mais de dois anos depois, a situação não melhorou. De acordo com o motoboy Ivan Roberto Dias, 47 anos, a passagem é essencial para a comunidade. A única alternativa ao uso da ponte aumenta o deslocamento em cerca de dois quilômetros, o que significa 30 minutos de caminhada.

– O estado da ponte é muito ruim. Não tem mais proteção nas laterais, as rachaduras aumentaram e ela cedeu em um dos lados – explica o motoboy.

O morador afirma ainda que o movimento no local cresceu com a retomada das aulas, o que aumenta a insegurança. Segundo ele, a travessia é usada por motoboys e por pedestres, sobretudo idosos e crianças. Os irmãos Dhiordan Garcia Praia, 31 anos, e Felipe Garcia Praia, 37 anos, também temem um acidente.

Eles moram na Rua Arvoredo e utilizam diariamente a ponte.

– A impressão que dá é que se vier uma chuva muito forte, a ponte vai cair. Parece que estão esperando alguém se machucar para arrumar – diz Felipe, que é motoboy.

Já Dhiordan é motorista, mas também usa o local como pedestre e destaca o quanto a travessia é essencial. Ele aponta a utilidade dela para garantir acesso a serviços básicos.

– As pessoas precisam atravessar para tudo. Creche, escola, mercado, posto de saúde, não tem outro jeito – afirma.

Demora

Na primeira vez que foi questionada, em março de 2020, a então Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) disse que a estrutura da passarela estava íntegra e uma vistoria completa seria realizada com acompanhamento de técnicos do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). O objetivo era identificar possíveis problemas nas redes de drenagem.

Ivan conta que, nesta oportunidade, a prefeitura esteve no local e interditou a passagem com tapumes. Porém, os moradores retiraram o bloqueio e voltaram a utilizar a travessia.

– Ninguém veio resolver o problema e as pessoas precisavam passar por ali – comenta.

Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Falta de proteção nas laterais é motivo de temor por causa de acidentes

Quatro meses depois, em julho de 2020, a reportagem retomou o assunto por conta da falta de uma solução. Segundo a comunidade, o problema já havia aumentado naquele momento, com o buraco na rampa de acesso à ponte. Questionada sobre o assunto, a Smim afirmou que foi constatado um problema na rede de drenagem. Com isso, caberia ao Dmae primeiro resolvê-lo para que a secretaria pudesse providenciar melhorias.

Novamente, em julho de 2021, o DG voltou ao local e constatou que a travessia seguia com os mesmos problemas. Na ocasião, a Secretaria de Obras e Infraestrutura (Smoi, antiga Smim) informou que o secretário Pablo Mendes Ribeiro havia realizado uma vistoria na construção.

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Após isso, foi determinada a elaboração de um projeto para  orçamento e execução da recuperação da ponte existente ou construção de uma nova. De acordo com a Smoi, este processo deveria ocorrer no segundo semestre de 2021.

Smoi: projeto ainda não foi feito

Em resposta ao Diário Gaúcho, o Dmae afirma que “vai fazer um desvio da rede pluvial e, após isso, a secretaria competente poderá realizar a reforma da referida ponte”. E reforça que “não há previsão de quando será realizado o serviço, pois depende de diversos fatores, entre eles a condição climática”.

Já a Smoi diz que ainda é necessário elaborar o projeto da nova passarela. A ordem deve ser assinada pelo secretário Pablo Mendes Ribeiro nos próximos dias. “Feito o projeto, vamos orçar e fazer uma licitação para podermos começar, de fato, a obra”, diz a resposta. Ainda segundo a pasta, a obra “é rápida, o que demora é todo o processo de licitações e projetos”.

Produção: Guilherme Jacques



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