Seu Problema É Nosso
Atleta pede apoio para lutar na Irlanda
Campeonato de jiu-jitsu ocorre a partir do dia 4 de dezembro em Dublin
Aos 15 anos, a jovem Alanis Macedo dos Santos está quase tão acostumada a estar nas páginas do Diário Gaúcho quanto nos tatames, praticando jiu-jitsu. Isso porque é ao jornal que ela e a família, do bairro Mathias Velho, em Canoas, recorrem quando precisam de apoio para que a atleta possa participar de campeonatos longe dos pampas.
Desta vez, a guria se prepara e precisa de ajuda para uma disputa em terras europeias, mais especificamente no European Kids Jiu-jitsu. O campeonato começa no dia 4 de dezembro e será realizado em Dublin, na Irlanda. Alanis já está inscrita, mas a participação depende de mais do que isso.
– O custo da viagem ficaria em R$ 20 mil, mas o mais urgente é conseguirmos as passagens que mudam de preço todos os dias – diz a empregada doméstica Nadia Macedo dos Santos, 43 anos, que é mãe da atleta e a acompanhante oficial de todas as viagens.
Medalhas
Alanis começou a treinar aos 10 anos e tem uma carreira relativamente curta. Apesar disso, possui uma longa lista de conquistas para exibir. Em sua categoria, a infantil, foi campeã mundial uma vez e a melhor da América do Sul em duas ocasiões.
Para poder disputar o campeonato mundial, inclusive, esteve em uma reportagem da seção Seu Problema É Nosso em outubro do ano passado. Dois meses depois, voltou ao DG para apresentar a medalha de ouro que conquistou no torneio, realizado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Ao todo, esteve nas páginas do jornal em, ao menos, cinco oportunidades. Porém, o número é bem maior quando o assunto são medalhas: ela tem mais de 90. Só que, na categoria infantil, ainda falta conquistar uma.
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– Eu me esforço muito para ser uma atleta de alto rendimento e reconhecida pelo esporte, então a participação nesse campeonato é muito importante. Além disso, ele é um dos únicos que me resta – explica Alanis.
Dedicação
Na casa dos Macedo Santos, no entanto, a entrega para o esporte não é exclusividade de Alanis. A família inteira mergulhou de cabeça no propósito. Nadia conta que o esforço para manter a filha no esporte é grande. No lugar de compras supérfluas, as faturas de cartão de crédito passaram a apresentar gastos com passagens, equipamentos e outras despesas para garantir que Alanis possa treinar e competir.
Só que todo o empenho não é suficiente. É por isso que a família conta com a solidariedade de conhecidos e desconhecidos.
– Eu, uma empregada doméstica, e meu marido, que é mecânico, sempre achamos que campeonatos eram coisas de rico. Mas a Alanis nasceu para isso e meu medo é que a gente não consiga acompanhá-la (financeiramente) à medida em que ela for precisando – diz.
Como ajudar
/// É possível contribuir com doações financeiras via Pix. A chave é o telefone celular de Nádia, 51998515892.
/// Também pelo telefone (51) 99851-5892 é possível obter mais informações.