Notícias



Seu Problema é Nosso

Mais conhecimento para a vida de Victor

Com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, menino tinha quatro horas de aula por mês e só aprendia português e matemática; após reportagem do DG, Victor passou a ter aula quatro vezes por semana e de todas as disciplinas

07/11/2022 - 15h34min

Atualizada em: 07/11/2022 - 15h40min


Arquivo pessoal / Reprodução
Notebook foi doado por empresa

Estudar de forma regular, aprender todas as matérias do seu nível escolar e ter o suporte adequado para isso. Essa deveria ser a realidade de acesso à educação de todas as crianças do Brasil. Para Victor Alex Ribeiro, 15 anos, de Gravataí, porém, isso só virou realidade há pouco mais de um mês. 

Diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, doença degenerativa que atrofia os músculos pouco a pouco, o menino tinha apenas quatro horas de aula por mês, só aprendia português e matemática e, uma vez por semana, tinha acesso a um notebook – meio que permite, por um teclado virtual, que Victor realize as tarefas.

LEIA MAIS
Victor: na luta contra AME tipo 1
Com câncer, cuidador de colônia de gatos precisa de ajuda em Guaíba
Após três anos, moradora de Esteio consegue cirurgia

Há sete anos, por necessitar de um respirador mecânico 24 horas por dia, de uma sonda para se alimentar e só ter movimentos nas mãos, Victor estuda a partir do atendimento pedagógico domiciliar, modalidade de educação que atende crianças e adolescentes em tratamento de saúde e impossibilitadas de irem à escola. Com assistência de um profissional de educação do município, a partir de encontros semanais, o aluno realiza tarefas e aprende novos conteúdos com o suporte de um notebook com aplicativos de educação assistiva. No final da aula, mesmo com temas a serem realizados, o aparelho é recolhido pelo professor. 

A família não tinha condições de comprar um notebook para Victor. Por isso, solicitou um aparelho para a Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Gravataí, que negou o pedido. A família também buscou aumentar o número de aulas e disciplinas do menino, mas a Smed afirmava estar sem profissionais para atender as solicitações. 

Mudança

Esses desafios no acesso à educação de Victor foram relatados pela reportagem em setembro. Desde lá, a mãe, Patrícia Ribeiro, 44 anos, conta que muita coisa mudou: 

– Um dia depois da matéria do Diário Gaúcho, a Smed veio aqui em casa com uma psicóloga para fazer um novo plano de ensino e assistência para o Victor. Ficou combinado que ele teria mais aulas e aprenderia todas as disciplinas, como todas as crianças. 

Agora, Victor conta com quatro aulas por semana, com conteúdos de português, matemática, história, geografia, ciências e inglês. Além disso, o menino também ganhou R$ 250 de doação dos leitores do DG e um notebook para estudar no momento que desejar. O aparelho foi presente de uma empresa de criação de sites de Gravataí, que se sensibilizou com a história do menino.

– Estamos muito bem, porque ele está contente, animado e se tornou mais ativo. Está muito feliz em aprender todas as matérias. O maior sonho dele é estudar para um dia também conseguir trabalhar – comemora Patrícia, que viu seu filho se tornar mais confiante e alegre desde que conquistou uma educação de qualidade.

Como ajudar

/// A família também está em busca da adequação das cadeiras de rodas motorizadas do menino para torná-las mais seguras e confortáveis, além de garantir a postura adequada. As doações podem ser feitas pela chave Pix 88612929091.

/// Mais informações com a mãe pelo telefone: (51) 98507-0793.

Produção: Júlia Ozorio



MAIS SOBRE

Últimas Notícias