Papo Reto
Manoel Soares sugere: "Sejamos pares"
Colunista escreve no Diário Gaúcho aos sábados
Esse segundo turno das eleições foi um momento de muita tensão. Amigos e familiares viram as diferenças ficarem expostas em um nível quase agressivo. Mas, agora que a poeira começou a baixar, vem uma dívida: queremos viver com pares ou com iguais? Parece ser a mesma coisa, mas não é.
Se usarmos a tomada de um eletrodoméstico como exemplo, vamos entender. A parte que está com o fio é o “macho” da tomada, a parte que está na parede é a “fêmea” da tomada. Juntos eles formam um par, mas dois iguais não fazem nada funcionar. Se quisermos conviver com quem pensa igual a nós, vamos estar em um lugar de conforto, mas não vamos crescer, pois não tem quem questione nossa forma de ver. Se nossos argumentos não sobrevivem a uma conversa de família, será que resistem a um ambiente que precisa de resultados de fato?
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Recomendo a união não somente por acreditar no amor e no afeto, mas por entender que quando nos conectamos também aos diferentes evoluímos. A convivência com os iguais não exige adaptação e isso pode significar extinção. O ser que sobrevive não é o mais forte, mas o que se adapta. Chegou a hora de baixarmos as bandeiras e tirar os adesivos que nos dividem. Temos que nos olhar nos olhos e entendermos que somos parte de um todo. Respeito e afeto mútuo são a chave de nossa sobrevivência daqui para frente. Sejamos pares, mesmo que diferentes.