Seu Problema é Nosso
Na Capital, paciente com síndrome rara consegue ajuda para pagar anestesia
Carolina Carvalho Gabriel precisava fazer a biópsia de um tumor que apareceu em uma de suas pálpebras
Uma síndrome considerada rara, chamada Gorlin-Goltz, faz com que uma moradora do bairro Teresópolis, em Porto Alegre, tenha de conviver com cânceres de pele e cistos em diferentes partes do seu corpo. Essa é a história de Carolina Carvalho Gabriel, 28 anos, que foi contada pelo DG em setembro.
Ela estava em busca de ajuda para pagar a anestesia da biópsia de um tumor que apareceu em uma de suas pálpebras. Agora, conta que conseguiu o valor que precisava, realizou o procedimento e segue na luta.
— Foi um alívio. Eu estava preocupada porque gasto muito, então, cada valor que entra é bem-vindo. Teve uma ajuda gigantesca. Para mim, foi um peso tirado das costas — destaca.
Solidariedade
A cirurgia estava prevista para 27 de setembro, mas sem autorização do plano de saúde a tempo, foi feita em 11 de outubro, em uma clínica na Capital. Após análise, o tumor foi diagnosticado como maligno.
O convênio de Carolina não cobre exames, anestesias e as consultas na área genética. Por isso, ela buscava apoio para custear a anestesia do procedimento. O valor pago foi de R$ 900, dinheiro que conseguiu por meio de doações.
Uma delas veio de um leitor do Diário Gaúcho que mora em Cachoeirinha e prefere não ser identificado. Ele conta que viu a reportagem no jornal e que a história de Carolina o "tocou". Como contribuição, decidiu doar R$ 1 mil:
— Gosto de ajudar. Quando eu tenho, eu ajudo todo mundo, aqui em casa também. Quem chega na minha porta nunca sai sem nada.
A entrega foi combinada por telefone e feita em mãos. Da doação, Carolina usou R$ 300 para fechar o valor da anestesia, e o restante, guardou para outros gastos decorrentes da síndrome.
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Em frente
Depois do procedimento, ainda vieram mais exames — que incluíram, por exemplo, endoscopia digestiva, mamografia, tomografias e exame de sangue e de urina. A partir deles, Carolina viu que apareceram cistos no maxilar, numa das coxas e em um dos rins. Ou seja, há um caminho a ser percorrido.
— Meu médico disse que a minha vida é: apareceu um cisto, eu tenho que remover – pontua.
Só estes exames custaram cerca de R$ 1,3 mil. Segundo Carolina, o que o médico a informou é que, no momento, seu caso não se encaixa para quimioterapia.
Então, para melhorar a divulgação da busca constante por doações, conhecidos criaram uma vaquinha online para Carolina. Com o valor que entra, ela vai pagando os custos médicos.
Isso porque, explica, sem a ajuda de outros, não teria condições financeiras de dar conta de seu tratamento. Pelo SUS, a próxima consulta deve ocorrer apenas em abril do ano que vem – o último acompanhamento pelo sistema público foi em 2014.
Como contribuir
/// Carolina aceita doações pelo site vakinha.com.br/vaquinha/tratamento-sindrome-rara-gorlin-goltz-ptch1.
/// Também recebe via Pix, pela chave 51984554113 (número de celular), e por depósito bancário (agência 88 do banco BMG, conta 13012661-1).
/// Ela compartilha atualizações sobre seu caso no Instagram (@carolinaa_caarvalho) e no Facebook (facebook.com/carolina.carvalho.92317)
Produção: Isadora Garcia