Com o objetivo de oferecer plenamente um serviço de resgate voluntário, o grupo Águias do Asfalto, de Viamão, precisa de doações financeiras e de materiais de saúde. Os recursos são necessários para qualificar a sede da iniciativa e viabilizar o funcionamento de uma ambulância, doada pelo poder público. 

— A ambulância chega nos próximos dias, e queremos usá-la para atender à RS-040, que tem muitos acidentes, às comunidades da região e aos postos (de saúde) de Águas Claras e Capão da Porteira — explica o militar Júlio Neves Júnior, 32 anos, fundador do grupo. 

Ações sociais 

Embora tenha sido criado em 2020 com o intuito de realizar resgates, até o momento o Águias do Asfalto se dedicou mais às ações sociais. De acordo com Júlio, enquanto lutava para obter a ambulância, o grupo distribuía marmitas, cestas básicas e gás às famílias em situação de vulnerabilidade da região. 

— Chegamos até a juntar tampinhas em uma campanha para obter a ambulância, mas era muito difícil. Então, veio essa doação. Agora, precisamos de materiais, porque tudo é muito caro — conta. 

É por este motivo que a iniciativa aceita tanto insumos simples, como máscaras e luvas, quanto outros mais específicos. Júlio cita o desencarcerador como exemplo. Trata-se de uma ferramenta usada para retirada de ferragens em acidentes, a fim de permitir o acesso aos feridos. 

— Só isso custa cerca de R$ 20 mil. Imagina? E nós ainda pagamos aluguel — comenta. 

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Sede 

Doações financeiras também são aceitas. Além de destinadas à obtenção de materiais de trabalho, elas seriam usadas para custear o aluguel da sede do grupo e qualificar o espaço, segundo Júlio. 

— Para citar duas coisas que precisamos: beliches para os resgatistas que ficam de plantão e pintura do espaço — afirma. 

O grupo não conta com patrocínio fixo ou apoio governamental e recebe apenas recursos pontuais de empresas e outras instituições. 

Entenda o trabalho do Águias do Asfalto

Diferentemente dos socorristas, como os que atuam no Samu, os resgatistas voluntários são responsáveis pelo primeiro atendimento em acidentes. E têm limitação de atuação. 

— A principal diferença é que não podemos fazer nenhum procedimento invasivo com os pacientes — frisa Júlio. 

Apesar disso, ele afirma que os voluntários que atuam nos resgates precisam de uma formação. Trata-se do curso de Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Ao todo, o Águias do Asfalto tem 50 voluntários qualificados e está trabalhando para ter mais: 

— Vamos ministrar o curso aqui, por um valor simbólico. E todo mundo pode fazer, não precisa ser da área da saúde. Claro que muitos são porque vêm para aprender, mas todo mundo pode colaborar. 

Ajude

/// O grupo recebe doações pelo Pix (CNPJ) 38595603000156.
/// Mais informações no Instagram @040aguiasdoasfalto e no Facebook Águias Voluntários.

Produção: Guilherme Jacques