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Em Porto Alegre, morador reclama de canalização entupida

Arroio, no bairro Partenon, preocupa pela proximidade com a rua e a possibilidade de transbordamento

14/09/2023 - 05h00min

Atualizada em: 14/09/2023 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Nilton Bem / Arquivo pessoal
Situação preocupa moradores sobretudo em dias de chuva

O entupimento no início da canalização de um arroio na Rua Professor José Conde, no bairro Partenon, em Porto Alegre, tem preocupado o funcionário público federal aposentado Nilton de Oliveira Bem, 65 anos. Morador de uma das casas próximas ao local há mais de cinco décadas, ele diz que, após os temporais registrados entre junho e julho, uma árvore caiu no curso d’água. O vegetal até chegou a ser retirado, mas os resquícios permaneceram. 

– Está quase todo entupido (o canal). Me preocupa, porque, quando chove muito, não dá vazão, a água sobe. Fica perigoso. É uma rua com creches por perto, muitas crianças brincando. Pode haver um acidente – alerta. 

Por isso, desde então, afirma ter feito diversos pedidos à prefeitura para a resolução do problema. Nenhum gerou uma solução definitiva. E o protocolo mais recente, aberto em 28 de agosto (número 2757432337), ainda não havia sido respondido até o fechamento desta reportagem. 

Responsabilidade 

Em uma das tentativas, Nilton conta que buscou o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). Segundo ele, uma equipe chegou a ir ao local, olhou o entupimento, foi embora e retornou, dizendo que havia sido resolvido. Noutro momento, do órgão, recebeu a orientação de que a realização do serviço seria de competência do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). 

– Mas também não adiantou. Ficam jogando a responsabilidade de um para outro e não resolvem – lamenta. 

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Mais do que um incômodo, o caso é uma decepção para o aposentado. Isso porque ele diz que, durante anos, junto à comunidade, promoveu os cuidados necessários no local, com limpezas regulares e manutenções: 

– Mas, agora, não pude mais. Por isso, espero que solucionem. 

Receio 

Além de perigo para os pedestres, há outro receio entre os vizinhos, de acordo com Nilton. Como não há qualquer tipo de contenção que separe o arroio da rua – apenas um pequeno barranco –, diante de uma eventual chuva forte, há o risco de transbordamento. A possibilidade, claro, preocupa porque causaria prejuízos aos moradores. 

– Já aconteceu em outro (arroio) nas proximidades. Aqui, já chegou perto de transbordar – aponta. 

O que dizem DMLU e Dmae

A partir do relato de Nilton, o Diário Gaúcho procurou o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) que confirmou, por meio de sua assessoria, não ser responsável pela desobstrução do encanamento. “Desde 2017, a responsabilidade pela limpeza e conservação de arroios, córregos, bocas de lobo e alagamentos ficou a cargo do Dmae”, informa a resposta.

Já a assessoria do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) informou que uma equipe do órgão esteve no local ontem e constatou que o arroio corre normalmente e que não há indícios de transbordamento. Apesar disso, diz ainda que uma nova vistoria será feita, uma vez que, como o arroio possui uma parte tubulada, não é possível uma inspeção visual. Para tanto, finaliza a resposta, é necessário esperar a água, que normalmente se acumula em dias de chuva, baixar.

*Produção: Guilherme Jacques


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