As chuvas que estão atingindo nosso Estado exigem de nós uma consciência solidária. Ao ver tanta gente sem luz, com alimentos apodrecendo na geladeira, gente sem poder voltar para casa, outros sem poder sair e todo caos que esse contexto traz, temos que encontrar uma forma de acalentar o coração. Uma das fórmulas que eu sempre usei: quando o desespero vinha me visitar, eu era solidário com alguém que precisava mais do que eu. Esse movimento me colocava em uma rota de melhora de ânimo e incentivava a criação de soluções que naturalmente me tiravam do clima ruim. 

Já perdi casa por chuva, já fui despejado por não ter grana para pagar aluguel e por aí vai. A fórmula de contrapor a tristeza com solidariedade nunca falhou. É questão de colocar uma energia à frente da outra. Se nós nos deixarmos reduzir à dor da perda, seremos reduzidos à perda. 

Às vezes, fazer um arroz e feijão bem gostoso e levar para pessoas que não têm o que comer dá um brilho na alma. Se sentarmos para comer com eles, criamos uma conexão muito mais sólida. Aos poucos, a solução que parecia tão distante começa a chegar e a vida melhora. 

Recomendo que você que nos lê agora, e está em busca de uma saída do sentimento de desespero, veja na solidariedade uma porta de saída. O sol vai brilhar, a água vai secar e voltaremos a sorrir.