Na segunda-feira, muitas das escolas do país retomam as atividades com alunos. Milhares de pais estão felizes, pois amamos nossos filhos, mas eles em casa 24 horas por dia diminui consideravelmente a pigmentação do cabelo. Esse momento de caos, com as alegrias e desafios dos filhos em casa, serve para valorizarmos o trabalho das professoras e professores. Eles têm multiplicado por 20 o que vivemos nessas férias em casa, com os agravantes que não são os seus filhos, e precisam, além de mediar todos os conflitos de pessoas pequenas e cheias de energia, dar conta de atender os objetivos educacionais. 

O desafio, geralmente, vem acompanhado de uma remuneração que não condiz com a função, boa parte dos professores tem sua folha comprometida com inúmeros empréstimos bancários que, para fechar a conta do mês, criaram uma bola de neve que só cresce. Além de tudo isso, precisam corrigir provas em casa após um dia inteiro de aula. É um cenário de tanta desvantagem, que só o amor pela arte de ensinar explica a permanência.

Porém, hoje temos o desafio de que a cada cem jovens, apenas três querem ser professores, ou seja, temos a grande possibilidade de não ter mestres suficientes no futuro caso a categoria não seja respeitada como merece. Lembre desse texto quando chegar até você uma reclamação do professor de suas crianças, ao ir falar com ele, não chefe partindo do princípio de que seu filho está certo. Ele pode até estar, mas diante do cenário que esse profissional vive, errar com seu filho uma vez é totalmente compreensível. Infelizmente, pais desequilibrados são um dos maiores problemas que professores têm, geralmente as crianças que exigem mais atenção e cuidado, são feitos de lares onde a harmonia é escassa. 

Sendo assim, vamos tentar nesta volta às aulas não ser um problema para quem tanto cuida de nossos filhos. Quem puder, quando o ano letivo começar, leve um mimo para os professores de seus filhos, esses heróis merecem.