Dois lados da moeda
"BBB17": a autoconfiança de Emilly ajuda ou atrapalha no jogo?
Fora do reality, a autoestima é muito importante, mas é preciso medir a dose para não sair prejudicado
"Eu sou maravilhosa", "Sempre me senti sensacional", "As pessoas têm inveja de mim". Quem acompanha o BBB 17 sabe: Emilly vive soltando frases assim. Autoconfiante ao extremo, a gaúcha não tem receio de exaltar suas características e, dificilmente, aceita de cara quando um outro participante aponta um defeito seu, mesmo que tenha argumentos.
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Segundo a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, Juliana Bredemeier, a autoestima é muito importante. Mas, em excesso, pode trazer problemas.
– Hoje em dia, os pais são ensinados a desenvolver autoconfiança nas crianças. É importante para o indivíduo acreditar que pode conseguir o que deseja. Por outro lado, no caso da Emilly, quando tende a demonstrar falta de capacidade de empatia, de se colocar no lugar do outro – explica.
No jogo, esta característica de Emilly pode levá-la longe, poisa autoestima faz com que ela acredite ser merecedora do prêmio e não tenha medo de buscar seus objetivos. Mas colegas e público percebem estas características e criticam a gêmea, o que pode levá-la repetidas vezes ao paredão e a uma eliminação.
No jogo e na vida
A falta de naturalidade nas relações é uma das consequências apontadas pela professora, quando a autoconfiança é extrema. Afinal, a autoestima pode fazer com que a pessoa pense que sabe tudo e não precisa da ajuda de ninguém.
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No caso desta participante em específico, a sua autoconfiança parece vir acompanhada de alta expressão de ciúmes. A relação dela com o médico gaúcho Marcos, por exemplo, é cheia de brigas e discussões.
Mas também vale para a vida de todos nós.O segredo, para Juliana, é observar as pessoas à sua volta e aprender a não exagerar.
– Na psicologia, costumamos dizer que a diferença de um remédio e de uma droga é a dose. Da mesma forma, são os comportamentos humanos. Qualquer padrão rígido é visto com maus olhos. Para conviver, é preciso ser flexível – finaliza a especialista.