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Cris Silva: o que fazer quando seu filho perde o bichinho de pelúcia favorito

Colunista escreve sobre maternidade e família todas as sextas-feiras

29/03/2019 - 07h00min


Pixabay / Pixabay
É necessário levar os sentimentos dos pequenos em consideração

Nesta semana, me emocionei com uma mensagem que chegou nas minhas redes sociais. Era um pedido de ajuda para encontrar o bichinho de pelúcia da Bárbara, uma menina de quatro anos. Ela foi passear com a família no Parque Germânia, na zona norte de Porto Alegre, e perdeu o elefantinho. 

Só quando chegou em casa percebeu que o seu amiguinho não estava ali e bateu a tristeza. A irmã, ao ver a angústia da menina, apelou para as redes sociais para ver se ele aparece.

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Grudados

Pode parecer bobagem, mas não é. Os bichinhos de pelúcia, bonecos, um simples pano ou cobertor, com os quais algumas crianças vivem grudadas, são os chamados “objetos de transição”, bem comuns na primeira infância, como explica o psicólogo Michel Andreola.

“Nos primeiros meses de vida, graças à atenção e aos cuidados que recebe, o bebê pensa que ele e a mãe são a mesma pessoa. Mas, com o passar do tempo, ele vai se dando conta de sua individualidade e percebe essa divisão. E mais, descobre que a mãe nem sempre está presente para saciar suas necessidades. Por isso, acaba buscando em um objeto o apoio de que precisa para essa fase de transição, especialmente na hora de dormir.”

Michel Andreola, psicólogo

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Esqueceu? Perdeu? Saiba o que fazer

Se você for viajar e esquecer de colocar o companheiro do seu filho na mala, calma. Cabe aos pais explicar a situação com clareza, independentemente da idade. Antes de oferecer um novo objeto, deixe seu filho tentar se adaptar com o que há disponível no local.

Mas se você perceber que o comportamento da criança mudou, que ela ficou triste, irritada, chorando e até com insônia, não desconsidere esses sentimentos. Diga que você também sente essa perda e que estará ao lado dela para procurar. Se realmente o objeto não for encontrado, diga que que a pessoa que achou está cuidando tão bem quanto ele foi cuidado. 

– A criança que passa por essa experiência de perda tem oportunidade elaborar o seu “luto”, amadurecendo emocionalmente – explica Michel.


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