Polícia



Investigação

Vítimas de chacina em Alvorada foram levadas da Zona Norte da Capital

Jovens mortas em Alvorada na terça foram arrancadas de uma casa no Bairro Mario Quintana. Reforça possibilidade de ligação do crime com execução de casal, que foi levado do mesmo bairro

24/08/2016 - 12h38min

Atualizada em: 24/08/2016 - 12h40min


Mariana Furlan
Mariana Furlan
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No Facebook, o registro das amigas Pâmela (esquerda), Karina (centro) e Adriana (direita) juntas no Timbaúva

A polícia investiga na manhã desta quarta-feira uma casa no Recanto do Sabiá, Loteamento Timbaúva, Bairro Mario Quintana, na Zona Norte de Porto Alegre, de onde se acredita tenham sido arrancadas as três jovens executadas com tiros na cabeça no começo da manhã de terça, em Alvorada. Conforme a apuração da Delegacia de Homicídios de Alvorada, as três moravam juntas no local alugado há cerca de um ano.

Foi a partir das redes sociais que os investigadores conseguiram traçar as primeiras informações para elucidar o crime. A suspeita é de que elas tenham sido raptadas depois das 3h de terça. Foi pouco antes deste horário que Adriana Machado Cruz, 22 anos, fez sua última postagem no Facebook, inclusive marcando o bairro onde elas estavam.

O crime aconteceu por volta das 6h15min, quando as três vítimas e pelo menos dois executores foram deixados no Bairro Jardim Porto Alegre, em Alvorada. O bairro é vizinho ao Mario Quintana, na Capital.

Postagem feita por Adriana pouco antes das 3h de terça é pista para a polícia

Foi também do Recanto do Sabiá, e provavelmente durante a mesma madrugada, que o casal Josiane Ribeiro César, 15 anos, e Osvaldo Jesus Soares da Silva, 31 anos, foi arrancado de casa para depois ser encontrado morto no porta-malas de um carro, por volta das 9h de terça.

– É um dado que reforça a possibilidade de relação entre os dois crimes, estamos trocando informações com a 5ª DHPP, mas ainda não temos nada concreto – explica o delegado André Lobo Anicet, que apura a chacina.

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Segundo a investigação, Pâmela Vasconcelos Corrêa, 18 anos, e Karina Santos Marques, 23 anos, eram namoradas. A amiga Adriana ficava na mesma casa que elas. Conforme o levantamento da polícia, nenhuma delas tinha antecedentes ou histórico de envolvimento com o tráfico de drogas.

– Por enquanto estamos com a motivação da morte em aberto. Estamos analisando diversas possibilidades – explica o delegado André Lobo Anicet.

Até mesmo uma causa passional é considerada pela polícia.

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