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Encare a Crise

Dicas para não se dar mal na Black Friday

Para não errar nas compras de sexta-feira, internauta precisa analisar com lupa as ofertas e a reputação dos vendedores

23/11/2015 - 03h03min

Atualizada em: 23/11/2015 - 03h03min


Erik Farina
Erik Farina
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Arte / ZH

Cada vez mais sólida no calendário do comércio, a Black Friday, que ocorre na sexta-feira, promete descontos imbatíveis - mas impõe aos internautas o desafio de analisar com lupa as ofertas e a reputação dos vendedores.

No ano passado, o Portal Reclame Aqui registrou 12 mil queixas durante o já tradicional dia de ofertas. Foram frequentes as reclamações por descontos enganosos, erros nos sites na hora de concluir a compra e falhas na entrega.

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- Os casos mais preocupantes foram de "maquiagem" de preços. Algumas lojas aumentam o valor do produto antes da Black Friday e retornam ao preço original na data anunciando descontos - aponta a diretora do Procon-RS, Flávia do Canto Pereira.
Para escapar da armadilha, é preciso se cercar de referências, recomenda:

- Quem já vem pesquisando um produto há mais tempo e conhece seu valor médio terá mais facilidade para identificar ofertas falsas. Os demais precisam redobrar o cuidado.

Saber diferenciar impulso do essencial

Para quem arregaça as mangas e compara promoções, a data pode revelar bons negócios. A Black Friday promete economia de até 80% em itens mais baratos, como livros e roupas, em torno de 40% para artigos mais sofisticados, como tablets, celulares e eletrodomésticos.

- Os descontos são atraentes, mas a pessoa precisa diferenciar o que é impulso do que é realmente necessário e, assim, evitar gastar mais do que precisa - sugere o consultor financeiro Alfredo Meneghetti Neto. - A dica é anotar hoje mesmo o que se deseja comprar, e, se até sexta-feira a vontade continuar, fazer a compra.

Novo Código de Defesa do Consumidor deve prever negócios pela internet

De acordo com os organizadores do evento, a edição deste ano deve movimentar R$ 978 milhões, 12% a mais do que em 2014. Clientes de Porto Alegre vão gastar R$ 23 milhões na data - a mesma proporção do crescimento nacional.

- A alta é relevante em um ano de economia complicada. A previsão é de que o consumidor valorize mais seu dinheiro, pesquisando as ofertas - projeta Juliano Motta, diretor da BlackFriday.com.br.

O que é a Black Friday

A "Sexta-Feira Negra" tem origem nos Estados Unidos, onde os lojistas derrubam preços para esvaziar estoques e se preparar para as vendas de final de ano. Ocorre na última sexta-feira de novembro, após o feriado de Ação de Graças. Há algumas versões para a origem do termo - a mais conhecida é que as vendas deixam a última linha do balanço preta (indicando lucro), e não  vermelha (sinônimo de prejuízo).
No Brasil, a Black Friday ocorre desde 2010 e movimenta principalmente o e-commerce.

O repórter Erik Farina produz as matérias da série Encare a Crise.



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