O atropelamento e morte do ciclista Artidor Vargas da Silva, na sexta-feira passada, na Avenida Delegado Ely Corrêa Prado, reacenderam as preocupações da comunidade do Bairro Mario Quintana em relação ao trânsito.

A informação da EPTC de que havia apenas um pedido de quebra-molas na região, já atendido, foi contestada ontem pelos conselheiros do Orçamento Participativo (OP) da Região Nordeste. Segundo eles, há dezenas de e-mails encaminhados via Centro Administrativo Regional (Car-Nordeste), desde o ano passado, com solicitações de melhorias na sinalização, como, por exemplo, um redutor de velocidade na Delegado Ely Corrêa Prado, próximo do local do acidente.

- É uma inverdade da EPTC. Pedimos toda a revitalização da Delegado Ely Corrêa Prado, da Martim Félix Berta, pintura das faixas de pedestre, guard-rail - reclama a conselheira Carla Rejane Meneghetti Rodrigues, 39 anos.

O conselheiro do OP Anderson Xavier da Cunha explica que os contatos com a EPTC foram feitos via Car-Nordeste, órgão que atua como uma subprefeitura.

Ontem, um grupo de ciclistas pedalou da Cidade Baixa até o Mario Quitana para prestar homenagem a Artidor.

Sinalização em 15 dias

O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, explica que as solicitações são organizadas conforme critérios de prioridade. A preferência é dada a locais onde ocorreram acidentes com lesão corporal, como é o caso da Delegado Ely Corrêa Prado.

Dentro de 15 dias deve ser concluída a sinalização vertical e horizontal da avenida. Capellari informa que está sendo feita a avaliação técnica do entorno do Terminal Safira, no Beco da Fumaça, outra queixa da comunidade. O estudo deve ser concluído na próxima semana e deve indicar a implantação de semáforo no local.

Desembarque é perigoso

Moradora da Avenida Delegado Ely Corrêa Prado, a dona de casa Rosângela de Lima Moraes, 50 anos, conta que o excesso de velocidade no trecho próximo ao Terminal Safira é constante:

- Eu moro há 50 anos aqui e é muita falta de respeito no trânsito. Falta fiscalização.

Os passageiros descem dos ônibus no meio do terminal, bem no trajeto de entrada dos coletivos que ingressam para fazer a integração, com grande risco de atropelamentos.

Capellari afirma que há reclamações de excesso de velocidade dos ônibus e isso será verificado. Ele explica que, se o desembarque é feito fora do local adequado, coloca o pedestre em área insegura e, portanto, o motorista comete uma infração. A sinalização do terminal também será avaliada.

Saiba mais
- O cidadão pode solicitar melhorias pelos telefones 156, 118, via protocolo na EPTC (Av. Erico Verissimo, 100), ou pelo endereço eptc@eptc.prefpoa.com.br. Outro canal para demandas são as reuniões dos Fóruns de Delegados do Orçamento Participativo (Frop).

- As demandas são organizadas pela assessoria comunitária, que repassa informações à equipe técnica. Esta avalia o equipamento mais adequado a ser implantado no local.