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Juntos novamente

Mãe e filho se reencontram após 45 anos em Caxias do Sul

Nilso Jose Gonzaga foi adotado quando ainda era bebê sem o consentimento de Alice Borges Gonzaga

30/09/2012 - 11h49min

Atualizada em: 30/09/2012 - 11h49min


Alice chegou a pensar que o filho havia morrido. Nilso desconhecia o paradeiro da mãe

Adotado quando ainda era um bebê, o caminhoneiro Nilso Jose Gonzaga, 45 anos, se imaginava sozinho no mundo. Sem notícias do filho, Alice Borges Gonzaga, 67, chegou a pensar que ele havia morrido. Mas os dois estavam bem perto. Graças à internet, mãe e filho se reencontraram mais de quatro décadas depois em Caxias do Sul.

VÍDEO: veja momentos do reencontro


A reunião emocionante aconteceu na manhã deste domingo na sede campestre do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário. Nilso foi adotado com seis meses de idade, sem permissão da mãe. Uma filha de Alice encontrou o irmão no Facebook. Através de um bate-papo online, uma história perdida no tempo foi resgatada.

- Tinha 21 anos e trabalhava em Vacaria, numa casa de família. Certo dia, resolvi morar no interior, em um sítio, com a minha mãe. Lá, descobri que estava grávida. Voltei para a cidade, mas o pai da criança, que também tinha 21 anos, havia viajado: foi estudar para ser médico. Nunca mais o vi. Meu filho nasceu muito doente, não pôde ir para o sítio comigo. O médico disse que ele ficaria hospitalizado por 20 dias. Quando voltei para buscá-lo, ele não estava mais lá, tinha sido adotado - conta Alice.

A única informação que a mãe tinha do filho era o nome com que o registrara: Nilso Jose Gonzaga.

- Fui deixado para adoção em um hospital de Nova Prata, entre os anos 1967 e 1968. Aos seis meses, fui adotado por uma família de Lagoa Vermelha - conta o caminhoneiro.

Os pais adotivos fizeram questão de esclarecer Nilso sobre a sua origem. Inclusive, o nome da mãe biológica consta na certidão de nascimento. Mas Alice e o caminhoneiro nunca mantiveram contato por falta de informações.

Claudete, 41, filha da aposentada, procurou o nome de Nilso na internet e identificou o irmão há cerca de um mês. Descobriu que ele vivia em Porto Alegre, com mulher e duas filhas.

Ao conhecer Alice nesta manhã, Nilso ficou sem palavras e chorou. Quase meio século depois, mãe e filho se abraçaram para não se largar mais.


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