Quem tem filhos em idade escolar já começa a sentir uma dorzinha no bolso nessa época do ano. É o momento de ir à caça de promoções e bater muita perna por aí para fazer a lista de material caber no orçamento.
O movimento já está intenso nas lojas do ramo e, na próxima semana, tem início a 23ª Feira de Material Escolar da Capital. A essa altura, o pensamento que ronda boa parte das famílias é: como garantir a mochila cheia sem deixar o bolso vazio?
Para você que já começou ou vai enfrentar essa maratona nos próximos dias, o Diário Gaúcho traz relatos de pais e dicas de especialistas que podem ajudá-lo a tirar nota dez na aula de economia.

Um pouco de cada lugar

Em busca do material escolar para os filhos Lucas, 13 anos, e Jesiel, oito anos, a dona de casa Cíntia da Silva Costa Peixoto, 30 anos, aproveitou a ida ao Centro para continuar suas pesquisas.
Antes de sair de casa, a moradora do Loteamento Chapéu do Sol avalia os itens que estão em boas condições e que podem ser reaproveitados. Só depois, vai às lojas. E ela já percebeu:
- Não dá para comprar tudo no mesmo lugar. No início do mês, comprei os cadernos. Agora estou pesquisando lápis, canetas, lápis de cor, cola... - relata.
O caçula acompanhou a mãe e estava encantado com uma mochila de personagem, mas Cíntia achou o preço um pouco salgado. O momento se tornou educativo: ela explicou para o filho que, antes de comprar, é preciso analisar o orçamento.
- Vamos ver. Se sobrar, a gente compra - ensina ao menino, que estuda com o irmão na Escola Municipal de Ensino Fundamental Chapéu do Sol.

Sem excessos nas compras

Mãe de cinco filhos, quatro deles em idade escolar, a comerciante Fernanda Guedes Ulguim, 35 anos, sabe bem a necessidade de não cometer excessos. Por isso, ela reuniu as duas meninas e a mãe e já antecipou a maratona, para conseguir encontrar maior variedade de produtos e preços.
- A gente compra o meio termo, nada muito caro e nem tão barato que não vá durar - destaca a moradora da Lomba do Pinheiro. 
Depois de pesquisar, ela optou por adquirir tudo no mesmo local, em função das condições de pagamento. E também não troca produtos como estojo e mochila todos os anos.
Além dos três mais velhos que estudam na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Pedro, o segundo filho mais novo está na escolinha e, diante da lista dele - que incluía 500 folhas de ofício e dez tubos de cola - Fernanda já avisou:
- Por enquanto, vou levar só a metade. Depois, caso falte, eu completo.

As dez dicas

1) Reaproveite - Antes de sair às compras, faça uma geral em casa. Verifique quais os produtos da lista você já possui e que podem ser reaproveitados.
2) Liste - Faça, então, uma lista enxuta com aquilo que você realmente precisa.
3) Bata perna - Pesquisar é jeito para conseguir o melhor preço. Pesquise em diferentes locais (pelo menos três) e anote os valores, para saber onde vale mais a pena.
4) Olhe o súper - Amplie a pesquisa para supermercados, que podem ter itens com preço bem vantajoso.
5) União faz a força - Uma boa ideia é se reunir com outros pais e adquirir o material em atacados, que trabalham com valores mais baixos para compras em grande quantidade. 
6) Vá sem os pequenos - Sempre que possível, evite levar a criança para escolher o material. A falta de acordo entre o que ela quer e o que você pode comprar pode gerar incomodação e prejuízos.
7) Avalie a qualidade - Nem sempre o material mais sofisticado é o melhor. Materiais com personagens, logotipos e acessórios licenciados têm custo mais elevado.
8) Olhe sebos - Se a escola pede livros, uma boa alternativa é tentar comprá-los usados, em bom estado, de alunos de outros anos.  
9) Exija nota - Cuidado com compra em ambulantes: o preço pode ser mais baixo, mas não há nota fiscal e, muitas vezes, os produtos não têm certificação.
10) Pechinche - Não tenha vergonha de pedir descontos. Priorize o pagamento à vista.

Se liga: 23ª Feira do Material Escolar

A 23ª edição da Feira do Material Escolar da Capital começa nesta terça-feira, dia 22, no Mercado Público, e vai até 2 de março. O atendimento será de segunda a sexta-feira, das 9h30min às 19h, e aos sábados até as 18h.
Haverá duas cestas básicas: uma com materiais dos primeiros três anos do ensino fundamental e outra com material do demais anos do fundamental e do ensino médio. Cada uma custará R$ 11,50.