O secretário adjunto da Saúde Marcelo Bósio afirmou que a morte de Altamiro Dupein Guimarães, 72 anos, ocorrida na manhã de hoje em frente ao Centro de Saúde IAPI, foi uma fatalidade. Marcelo também descartou a denúncia de omissão de socorro. O paciente era acompanhado há 12 anos pelo cardiologista do Centro de Saúde IAPI Manoel Pereira de Araújo Filho. Segundo o médico, hoje ele teria uma consulta de rotina marcada para às 7h30min.

- Ele tinha cardiopatia hipertensiva (alteração na estrutura e função do coração em consequência da pressão alta) e tomava três ou quatro medicamentos para pressão e colesterol. Ao tomar o táxi, a esposa relatou que ele começou a passar mal, ter sudorese (suor) - disse o médico.

Segundo o taxista Flávio Mendonça, que conduziu o casal até o Centro de Saúde, Altamiro desceu do carro apoiado em uma bengala, deu quatro passos e caiu.

- A gente vinha conversando no carro e até brinquei com ele antes de descer. Depois, quando o vi caído, fiquei apavorado e liguei para o Samu, mas demoraram uns 40 minutos - revelou o taxista.

A primeira chamada para o Samu foi as 6h31min, mas a ambulância de suporte básico da base Navegantes, na Avenida Frederico Mentz, chegou somente às 6h51min - 20 minutos depois (cinco minutos acima do tempo médio normal de deslocamento, que varia de 12 a 15 minutos, e numa hora em que o fluxo de trânsito é tranquilo na cidade).
Às 6h49min, o serviço recebeu a segunda chamada de uma técnica de enfermagem, que relatou a gravidade do caso. As 7h01min chegou a segunda ambulância de suporte avançado, mas o paciente já havia morrido de parada cardíaca.

- Vamos fazer uma avaliação interna e ouvir os profissionais. Muitas vezes, as pessoas ligam para o Samu e não passam a informação correta. Por isso, que gravamos todas as conversas - afirmou o secretário adjunto da Saúde.

A família da vítima registrou uma ocorrência na Polícia Civil.