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Escolha certo a forma de pagar pelo seu imóvel

Para decidir entre consórcio, financiamento ou quitação à vista, é fundamental planejar a compra com antecedência

06/09/2013 - 12h43min

Atualizada em: 06/09/2013 - 12h43min


Imprevistos devem entrar na conta do negócio

A aquisição de um imóvel, em especial da primeira casa própria, gera uma ansiedade natural. Porém, é fundamental planejar como será feito o pagamento. A renda pode aumentar ou diminuir, e imprevistos, como perda do emprego ou doenças na família, podem surgir de uma hora para outra. Por isso, é essencial ficar atento à parcela da renda que será comprometida e reservar um valor para situações inesperadas.

Quem decide com antecedência o perfil do imóvel desejado e uma faixa de preço, tem a chance de acumular a quantia investindo com segurança na poupança, no Certificado de Depósito Bancário (CDB) ou em fundos de investimento a curto prazo.

Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), explica que quem economiza e não tem urgência em se mudar pode optar pelo consórcio.

- Nesse caso, o valor mensal será menor e, se tiver sorte, poderá ser sorteado e ganhar a casa rapidamente, além de também poder economizar para dar um lance com economias extras - defende Reinaldo.

À vista sempre vale mais a pena

Segundo o educador financeiro, o pagamento à vista deve ser sempre a primeira opção cogitada. Além de eliminar os juros, também permite negociar descontos. Ainda assim, devem ser consideradas taxas cartoriais e gastos com mudança, condomínio e mobília.
Outra opção é o financiamento.

O economista José Pereira Gonçalves, especialista em mercado imobiliário, orienta realizar simulações em várias instituições. Muitas oferecem esse serviço em seus sites. A dica é começar pelo banco em que se é cliente, mas não ficar restrito a ele. Outras instituições costumam oferecer vantagens para atrair correntistas. Com o levantamento em mãos, é possível saber o máximo financiado e o valor da entrada. A operação só permite comprometer 30% da renda.

O financiamento é uma boa saída para quem mora de aluguel, pois a prestação mensal substitui o valor da locação.

- Quem não está conseguindo pagar, precisa rever, em especial, as pequenas despesas. Somadas, elas podem causar desequilíbrio - ensina Reinaldo.

O economista lembra que, quando se muda de bairro, o custo de vida na nova região pode elevar os gastos fixos, como transporte e alimentação.

As opções

Financiamento - O contrato estipula o total financiado (em geral até 80%), os juros, o sistema de amortização, as parcelas e o prazo de quitação. Existem duas formas de crédito. O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) permite o uso do FGTS, com juros máximos de 12% ao ano, para imóveis de até R$ 500 mil, com financiamento de até 90%. O Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) é para imóveis acima de R$ 500 mil. Você toma posse do imóvel de imediato.

Consórcio - Uma administradora forma um grupo de cotistas, que definem o valor que desejam para comprar o imóvel e pagam prestações mensais. A taxa de administração, em média, é mais baixa do que o juro de um financiamento. Você concretiza a compra quando é contemplado por sorteio ou faz um lance. Em geral, são liberadas duas cartas de crédito por mês, uma de cada tipo, com os recursos acumulados pelo grupo. O imóvel fica hipotecado até o fim da dívida.


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