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Consequências da chuva

Obra promete acabar com a falta de água em Novo Hamburgo durante enchentes

Nova torre com capacidade de captação três vezes maior está sendo construída com um metro a mais de altura

01/09/2013 - 20h30min

Atualizada em: 01/09/2013 - 20h30min


Moradores precisaram recorrer a barcos para saírem de suas casas na última quarta-feira

Uma obra no valor de R$ 30 milhões, iniciada há um mês e programada para ser concluída até o final de 2014, promete acabar com a falta de água em Novo Hamburgo durante as enchentes.

De acordo com o diretor-geral da Comusa - Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo, Mozar Artur Dietrich, uma nova torre com capacidade de captação três vezes maior está sendo construída com um metro a mais de altura - onde as enchentes jamais chegaram. Também estão em obras a nova adutora, distante cinco quilômetros do rio, e uma nova área de tratamento.

- Passaremos de 740 litros bombeados por segundo para 950 litros. A partir do final de 2014, não faltará mais água se ocorrerem novas enchentes - afirma Mozar.

Na tarde de quarta-feira, funcionários da Comusa tiravam a água que tinha invadido a casa de bombas - distante dez metros da margem do rio. Segundo Mozar, dois motores - responsáveis por duas bombas de captação - já seriam recolocados por guindastes na noite de quarta. Os quatro haviam sido retirados na terça-feira para não ficarem submersos.

- Trabalhamos com a meta de ter água na cidade ainda no sábado - afirmou Mozar.

O diretor ressaltou que quando a casa foi construída, há 60 anos, havia uma margem de segurança de um metro acima da maior enchente até a época.

- A bacia do Sinos mudou com os desmatamentos dos morros e das beiras do rio. Nada mais segura a água. Por isso, estamos trabalhando para mudar o sistema de captação de água - explicou.

Obra para conter enchentes

Esta pode ter sido a última enchente enfrentada pelos moradores das vilas Getúlio Vargas e Kippling, no Bairro Canudos. Pelo menos é a promessa do secretário de Obras de Novo Hamburgo, Enio Brizola.

- Assim que as águas baixarem, começarão as obras de um dique de dez metros de altura no Arroio Pampa, que protegerá as duas vilas - garante Enio.

Avaliado em R$ 7,2 milhões, o dique será feito com gabiões (pedras reunidas por uma tela, em formato de muro), terá dez metros de altura e 400 metros de comprimento, começando na Avenida dos Municípios e indo até a Rua Walter Isenhard. Junto com o dique serão construídas cinco pontes de concreto, substituindo as atuais de madeira, e uma passarela para pedestres. A previsão é concluir a obra em sete meses.

- A licença ambiental foi liberada pela Fepam uma semana antes da enchente. Infelizmente, não deu tempo de conter esta enchente.

A prefeitura ainda enviou um projeto ao Ministério das Cidades para construção de duas casas de bombas nas vilas, que sugariam a água em caso de enchente. Por enquanto, o projeto da obra, avaliada em R$ 5,3 milhões, segue em tramitação em Brasília.


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