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Olho nos preços

Pesquise bem antes de comprar o material escolar

Em Porto Alegre, cadernos, lápis e outros produtos para estudos subiram 8,46% nos últimos 12 meses

10/01/2014 - 10h57min

Atualizada em: 10/01/2014 - 10h57min


Enquanto a criançada ainda está curtindo o início das férias, os pais já começam a se preocupar com a volta às aulas, atentos à compra do material escolar. Em Porto Alegre, cadernos, lápis e outros produtos para estudos subiram 8,46% nos últimos 12 meses.


Os dados são da Fundação Getúlio Vargas. Isso indica que os itens para colocar na mochila tiveram uma elevação maior do que a inflação média da Capital: 7,27% nos últimos 12 meses.


Preço e qualidade


Mas o bolso pode não sofrer tanto.


- Em função da concorrência, as lojas até oferecem promoções. Mas é bom o consumidor se preparar para esse aumento - orienta o coordenador do Instituto de Economia da FGV na Capital, Marcio Silva.


Em busca de qualidade e preços razoáveis, a costureira Quelen de Camargo, 34 anos, foi com o filho Gabriel, seis anos, adquirir os itens principais que devem constar na mochila do guri que vai ao primeiro ano, em Alvorada.


- O básico tem de levar. Esse material a gente sabe que ele já vai usar no início das aulas - explica a mãe.


Ele tentou: "Mãe, olha que legal!"


Enquanto ela enchia o cestinho com caderno, lápis, borracha e cola com a temática dos carros, conforme o gosto do filho, ele já estava de olho em uma mochila de super-herói:


- Mãe, olha que legal!


Quelen, precavida, disse que esse produto poderia esperar. Mas optou por escolher itens de boa qualidade, atenta ao ditado de que, muitas vezes, "o barato sai caro".


Fãs dos personagens


A recepcionista Viviane da Silva Rodrigues, 32 anos, ainda não começou a fazer as compras, mas já levou os filhos André, sete anos, e Raíssa, dez anos, para descobrir informações sobre os personagens preferidos da gurizada, que devem estampar a capa dos cadernos. A aquisição deve ser no fim do mês.


- Eles gostam de tudo que está na moda, das princesas, de super-heróis. Aí a gente acaba levando, porque são bem aplicados e merecem - elogia a mãe.


Mas esses mimos, claro, têm seus limites. Alunos da rede pública de Canoas, os estudantes recebem parte do material do município e ganham os complementos da família, sem descuidar do que cabe no orçamento.


Pechinchar vale a pena


Coordenador do Instituto de Economia da FGV, Marcio Silva lembra que a pesquisa de preços é fundamental para conseguir achar valores acessíveis. Ele diz que uma prancheta com a comparação de pelo menos três valores ajuda muito na hora de escolher:


- Negocie um desconto, ainda mais para compras em grande quantidade.


Planeje as compras


- Antes de sair às compras, avalie quais os produtos que você já tem em casa e que podem ser reaproveitados.


- Faça uma lista enxuta com aquilo que realmente precisa adquirir.


- Uma boa pesquisa de preços é fundamental. Faça a cotação em diferentes locais (pelo menos três) e anote os valores, para saber onde vale mais a pena fazer a compra.


- Não foque em lojas do ramo. Amplie a pesquisa para supermercados, por exemplo, que podem ter alguns itens com preço bem vantajoso.


- Algumas lojas oferecem descontos vantajosos para compras em grande quantidade. Uma boa ideia para aliviar o bolso é se reunir com outros pais e adquirir o material em atacados.


- Evite levar as crianças junto. Produtos com personagens, geralmente, são mais caros. A falta de acordo entre o que eles querem e o que você pode comprar pode gerar incomodação.


- Se a escola pede livros, uma boa alternativa é tentar comprá-los usados, em bom estado, de alunos de outros anos.


- Fique alerta ao comprar de vendedores ambulantes: o preço pode ser mais baixo, mas não há nota fiscal. Isso dificulta a troca ou assistência do produto, caso seja necessário.


Feira é no Pop Center


No dia 24 de janeiro, tem início a Feira do Material Escolar, promovida pela prefeitura. Este ano, o evento será no Pop Center (Camelódromo), e não no Mercado.


- Período: de 24 de janeiro a 3 de março.


- Horário: segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e sábados, das 9h às 18h.


Pedido de uso coletivo: proibido


Já está em vigor a lei que proíbe exigência, por parte das escolas, de itens de uso coletivo nas listas de material escolar (como álcool gel, copos etc), material de higiene pessoal (sabonetes, papel higiênico etc) ou de expediente (grampos, giz, clipes etc). A oferta é de responsabilidade das escolas.


No caso das instituições particulares, o valor desses produtos deve ser considerado nas mensalidades. Já na rede pública, tais materiais são custeados pela verba repassada aos colégios pelos municípios e pelo Estado.


Também não é permitido exigir a aquisição de produtos de marca específica e determinar o local onde o material deve ser comprado. Por fim, o Procon alerta: exija sempre a nota fiscal detalhada. Ela é a garantia para eventuais trocas.


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