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Na justiça

Adriano Imperador é indiciado pelo Ministério Público por envolvimento com o tráfico

Se for considerado culpado, jogador pode ficar na prisão por até 15 anos

05/11/2014 - 13h04min

Atualizada em: 05/11/2014 - 13h04min


O atacante Adriano Imperador foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), nessa terça-feira, por tráfico de drogas e associação ao tráfico. A denúncia contra o jogador foi formalizada pela 1ª Central de Inquéritos do MP-RJ e será avaliada pela 29ª Vara Criminal. O pedido foi realizado com base em uma investigação policial que revelou que Adriano comprou uma moto no nome de Marlene Pereira de Souza, mãe do traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica, chefe do tráfico na Chatuba, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação fui publicada pelo site da ESPN Brasil.

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Conforme o promotor, Mica, que seria amigo pessoal do jogador e integrante da facção Comando Vermelho, era a "pessoa que autorizava ou não a entrada e saída de pessoas e a realização de eventos na região". Desta forma, "os traficantes necessitavam de veículos velozes, em especial motocicletas, pela agilidade no tráfego, que fossem legalizados e não levantassem suspeitas quando transitassem fora das comunidades dominadas pela organização criminosa".

Ainda de acordo com a denúncia, Adriano "consentiu que outrem utilizassem de bem de que tinham propriedade e posse para o tráfico ilícito de drogas". O documento ressalta que os traficantes da comunidade tinham a necessidade de usar veículos velozes para se locomover. Segundo o MP, as motos de cores preta e vermelha, modelo Honda CB 600, teriam sido compradas no cartão de crédito de Adriano.

Em setembro de 2009, Adriano fez um registro, na Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), de apropriação indébita. No depoimento, ele disse que comprara duas motos, por R$ 35 mil cada, sendo uma para ele e outra para um amigo que identificou apenas como Marquinho.

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O jogador ainda não explicou à polícia como Marquinho conseguiu vender a moto para outra pessoa, sem a sua assinatura no documento de compra e venda. Amigos dizem que o atacante suspeitava de falsificação de assinatura.

Na descrição da denúncia, o promotor não exige a prisão do atacante, mas solicita o recolhimento do seu passaporte, pela "possibilidade de fuga". Segundo o documento, tal alternativa seria uma das vias para uma pessoa "com elevados recursos financeiros".

A punição prevista para o tráfico de drogas é de até 15 anos de prisão, e por associação ao tráfico a pena pode chegar a dez anos.


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