Após o anúncio da alta dos impostos nos combustíveis, a Petrobras se apressou em avisar que os novos custos serão repassados às refinarias. Em linguagem curta e grossa, significa que o aumento vai estourar direto no seu bolso, amigo leitor. Por sinal, nem precisava de aviso: quando o ministro Levy anunciou a medida, as consequências negativas para o consumidor já ficaram evidentes. O próprio governo admite impacto de R$ 0,22 no litro da gasolina e de R$ 0,15 no diesel. Mas o talagaço deve ser ainda maior. Diretor da maior rede de postos de abastecimento do Estado, o empresário Neco Argenta prevê reajuste de dois centavos a mais. O baque não atingirá apenas os donos de carros. Esses apenas vão ser os primeiros a senti-lo.

Equilibrar contas
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Num país que se move sobre rodas como o nosso, qualquer majoração no preço dos combustíveis afeta toda a sociedade. Não escapa nem a vovó que jamais sai da vila onde mora: como o frete ficará mais caro, ela também vai desembolsar mais pelas mercadorias que compra no armazém da esquina. O pacote anunciado segunda-feira, que encarece também o crédito, as importações e os cosméticos, vai retirar cerca de R$ 20 bilhões da sociedade. O dinheiro será usado para ajustar as contas públicas desequilibradas pela gastança feita no primeiro mandato de Dilma Roussef. Ou seja, o governo está usando o bolso do povo para fazer os ajustes amargos que a presidente disse na campanha que não faria. Quanta falsidade! Ainda bem para Dilma que a história de Pinóquio não passa de ficção infantil. Fosse verdadeira e ela já estaria atrás de um bom cirurgião plástico para encurtar o nariz.