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Sem aumento

Dois deputados afirmam que abrirão mão de reajuste salarial

Decisão de Sartori, em não aumentar seu salário, repercutiu na Assembleia Legislativa gaúcha

19/01/2015 - 18h51min

Atualizada em: 19/01/2015 - 18h51min


Juliana Bublitz / Agência RBS
Governador anunciou que abriria mão do reajuste durante coletiva nesta manhã

Após o governador José Ivo Sartori anunciar que abrirá mão do reajuste de seu salário, assim como o vice, José Paulo Cairolli, a repercussão do ato chegou à Assembleia Legislativa (ALRS) e deputados já se posicionaram afirmando que também irão abrir mão do reajuste. Ambos irão assumir o primeiro mandato em fevereiro.

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Segundo o parlamentar Marcel Van Hattem, do PP, a decisão foi tomada por coerência. "As ações contra a crise tomadas pelo governo precisam atingir a todos, não somente a sociedade, mas também aqueles que a representam".

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Tiago Simon, do PMDB, partido do governador, afirma que tomará a decisão por solidariedade ao chefe do Executivo. "Eu quero seguir o mesmo caminho do governador e fazer a devolução aos cofres públicos. Acho que esse é o caminho mais adequado".

Futuro presidente

O comandante do PMDB gaúcho e futuro presidente da AL, deputado Edson Brum, se limitou a dizer que não pode falar em nome dos outros, mas disse acreditar que os deputados não devem seguir esses dois exemplos já que a Assembleia é uma instituição que já devolve economias para o Governo do Estado todos os anos.

"Temos que estudar a questão do orçamento da Assembleia deste ano. Nos últimos 10 anos a Assembleia abriu mão de R$ 2,1 bilhão, somadas todas as economias".

Questionado sobre a instituição de algum grupo de trabalho para novas economias ou sacrifícios, ele disse que ainda precisa se reunir com a futura Mesa Diretora, para discutir o assunto.

Salários

O salário atual de um deputado é R$ 20.472,00. Com o reajuste ele passa para R$ 25.322.25,00. A diferença é de R$ 4.850,25. O impacto apenas do reajuste dos deputados, por ano, é de R$ 3,5 milhões. Já o impacto dos aumentos para o governador e vive são de R$ 200 mil, por ano. Considerando os novos salários de todos os poderes, além do Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e da Defensoria Pública, a folha de pagamento crescerá cerca de R$ 130 milhões.

Informações do repórter Mateus Ferraz da Rádio Gaúcha


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