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Antônio Carlos Macedo: encontrar policiais na rua é coisa cada vez mais rara

Colunista do Diário Gaúcho critica a falta de segurança e destaca aumento do número de alguns crimes

24/03/2015 - 06h41min

Atualizada em: 24/03/2015 - 06h41min


Lauro Alves / Agencia RBS
Em teste feito pelo DG, Assis Brasil foi uma das vias em que o jornal não cruzou com PMs ou viaturas

O governo do Estado garante que os serviços essenciais para a sociedade estão sendo preservados dos cortes feitos para enfrentar a crise nas finanças gaúchas. Mas, pelo menos na segurança pública, essa conservação não está acontecendo. Cruzar com polícia na rua é coisa cada vez mais rara. Quase tão difícil como ganhar na loteria. A gente vai de um lado ao outro de Porto Alegre sem encontrar um brigadiano sequer.

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Não é observação isolada, de um dia apenas. A escassez é testemunhada por pessoas que circulam de forma ampla e permanente pela Capital, como rodoviários e taxistas, por exemplo. O motivo seria o agravamento da falta crônica de efetivo pelo corte nas horas extras pagas aos PMs. O comando da corporação nega o fato, mas a carência de policiais em atuação é evidente. O que certamente ajuda a explicar o crescimento nos números de alguns crimes, como o recorde nos ataques a bancos e o aumento de quase 100% nas ações criminosas com uso de explosivos, na comparação com igual período de 2014.

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Assalto a motociclistas

Os delinquentes, por sinal, estão cada vez mais ousados, como demonstra o caso ocorrido no último domingo, em Três Coroas, no Vale do Paranhana. Durante um encontro de motociclistas, cerca de 300 pessoas foram rendidas por homens armados e encapuzados, que roubaram o dinheiro obtido nas inscrições do evento. Que o governador Sartori acorde para a gravidade da situação. Uma coisa é a versão dos assessores, sempre dispostos a dourar a pílula para agradar o chefe maior. Outra, bem diferente, é a dura realidade enfrentada pelo cidadão, que vive cada vez mais acossado pela bandidagem, com medo de ser a próxima vítima. Não se discute a importância do ajuste nas contas estaduais. Mas a busca desse equilíbrio perderá todo o sentido se colocar em risco a vida dos gaúchos.

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