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Antônio Carlos Macedo: mau exemplo nos legislativos

Colunista do Diário Gaúcho diz que critério político para preenchimento de vagas não é exclusividade da Câmara de Porto Alegre

25/04/2015 - 06h41min

Atualizada em: 25/04/2015 - 06h41min


O critério político para preenchimento de vagas de estágio não é exclusividade da Câmara de Porto Alegre. O mau exemplo também dita a contratação de estagiários em outros legislativos da Região Metropolitana. Em geral, para garantir ocupação a cabos eleitorais dos vereadores. Há casos em que os beneficiados sequer são estudantes de verdade.

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Para atender à formalidade legal de presença em curso superior, profissionalizante ou supletivo, eles apenas se matriculam em algum estabelecimento de ensino. Pagam a mensalidade, aparecem de vez em quando para garantir um mínimo de frequência, mas não desfrutam efetivamente das aulas. São estudantes de fachada. No caso de Porto Alegre, a intervenção do Ministério Público do Trabalho e do Tribunal de Contas do Estado forçou a mesa diretora a modificar o processo. Mas, pelo jeito, os órgãos de fiscalização e controle vão precisar ampliar a fiscalização para outras Câmaras da região. Se bem que pouco vai adiantar se os vereadores das cidades fiscalizadas decidirem copiar os colegas de Porto Alegre. Aqui, como destaquei na sexta-feira, em vez de adotar um critério universal e público de seleção, o legislativo decidiu trocar todos os estagiários por CCs, o que vai manter o discutível critério da afinidade política como instrumento para contratação de assessores.

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Orla do Guaíba

A vereadora Sofia Cavedon (PT) é contra o cercamento do Parque Farroupilha, mas não vai cassar o direito do porto-alegrense decidir sobre o tema. Por isso, não apenas votará a favor do projeto que prevê um plebiscito sobre o fechamento da Redenção como pretende incluir a orla do Guaíba na consulta popular. Para tanto, apresentou uma emenda à proposta do plebiscito com duas perguntas: "És favorável ao acesso de toda a população à Orla do Guaíba?" e "És favorável à construção de prédios na orla do Guaíba?". Fecho com as duas consultas. Ninguém melhor que o cidadão para decidir o que deve ser feito na cidade onde vive.

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