Entrevista
Saiba quais são as oferendas que agradam a Ogum
Confira a entrevista com Everton Alfonsin sobre o dia de homenagens a São Jorge, para católicos, e Ogum, para seguidores das religiões afro
Este sábado é dia de homenagens a São Jorge, para católicos, e Ogum, para seguidores das religiões afro. Em Canoas, haverá uma carreata neste domingo, às 15h, da Federação Afro Umbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul (Rua Fernando Abbot, 159) até o Largo Zumbi dos Palmares, na Capital. O presidente da Fauers, que recebe o preto velho Pai Thomé, revela que o Santo Guerreiro tem algo em comum com a gauchada: o gosto pelo churrasco.
Diário Gaúcho – São Jorge, nas religiões afro, é chamado de Ogum. Ele é o orixá mais popular?
Everton Alfonsin – No Brasil, é sim. O sincretismo é forte e a igreja católica o considera um dos santos mais populares. Ogum tem a mesma imagem de São Jorge. Ogum é o orixá guerreiro, da luta.
Diário – Qual é a oferenda que deve ser feita para homenagear Ogum?
Everton – Uma bandeja com cerveja branca e uma costela assada sem sal e com sete ossos.
Diário – Então, Ogum está mais para os gaúchos do que para o restante dos devotos?
Everton – Com certeza! Até porque o churrasco é a comida de Ogum.
Diário – E a Espada de São Jorge? Faz bem ter a planta em casa?
Everton – Com certeza. E isso porque a planta tem formato de espada, usada para matar o dragão.
Diário – E quem são os atuais dragões contra os quais temos que lutar?
Everton – Os piores dragões atuais são os que estão na política. E também a drogadição, assim como a pobreza e o desmatamento.
Diário – Como é o filho de Ogum?
Everton – O filho de Ogum é batalhador, não muda seus objetivos, não desiste. Também não faz mal para os outros, está sempre guerreando. Pensa e fala.
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