Em menos de 48 horas, a paróquia Jesus Divino Mestre, na Rua Gonçalves Ledo, no Partenon, foi três vezes atacada. Nas duas últimas, o padre Eduardo da Silva Santos, 51 anos, que mora sozinho em um apartamento no complexo da paróquia, conseguiu evitar que os bandidos invadissem e furtassem o lugar.

A primeira investida ocorreu no domingo, dia 5. O padre saiu de casa por volta das 6h e, ao retornar duas horas depois, encontrou as salas da paróquia reviradas. O violão e os cabos de som foram levados, mas o que causou prejuízo foi o arrombamento do portão de entrada e da porta da garagem.

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O dinheiro gasto para restaurar as peças, ainda no domingo, se revelaria inútil: por voltas das 23h de segunda-feira, dia 6, o portão de entrada foi novamente arrombado. Ao gritar e acender os holofotes que iluminam a paróquia, o padre afugentou os bandidos.

– Fiquei com medo, mas o que ia fazer? – indagou, ao ser questionado se não sentira receio de reagir.

A Brigada Militar foi chamada e registrou os dois casos. Duas horas depois e sem sono por causa do nervosismo, o padre viu um assaltante avançar pelo portão de entrada já destruído e ouviu a voz do segundo criminoso. Era 1h da madrugada de terça-feira e a paróquia era atacada pela terceira vez. A coragem do padre em reagir, porém, novamente evitou a invasão.

Ameaçado por três vezes seguidas, Eduardo não estranha os ataques, mas o curto tempo em que ocorreram.

– A gente vive num clima de insegurança. Não vejo nada de anormal nas tentativas de assalto, o curioso é ocorrer em tão pouco tempo – disse, conformado.

Acuado, ele contratou um sistema de segurança eletrônico para proteger a paróquia.

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