Seu Problema é Nosso
Carros invadem espaço de ciclovia e calçada causando transtornos aos moradores, em Novo Hamburgo
A obra na Rua João Aloysio Allgayer, que tem previsão de conclusão em junho, tem sido motivo de incômodo para os pedestres e ciclistas que passam por ali
Um novo ambiente planejado para o lazer dos moradores do bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, tem sido motivo de incômodo para pedestres e ciclistas. A obra, iniciada em abril de 2018, em 2,5 quilômetros da Rua João Aloysio Allgayer, envolve a construção de uma nova rede de esgoto pluvial, com pavimentação asfáltica, alargamento das pistas, novas calçadas e ciclovia. A intervenção já tem 85% do seu projeto concluído.
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Já em uso pelos moradores, a ciclovia, destinada ao tráfego de bicicletas, e o passeio, reservado à circulação dos pedestres, dão acesso a um estacionamento que fica perto de estabelecimentos comerciais.
Pela rua
Segundo o advogado Marcio Gerhardt, 45 anos, morador do bairro, os motoristas ingressam no passeio pela rampa para bicicletas.
— Ocorre que, naquele local, a revitalização modificou o que antes era utilizado para estacionamento, uma área de recuo na frente dos comércios — explica Marcio.
Alguns automóveis são flagrados, de acordo com o advogado, estacionados de forma perpendicular na via.
— Agem como se a própria calçada fosse o estacionamento do local. Os motoristas obrigam as pessoas a passarem pela rua — protesta Marcio.
Ele aponta ainda a presença diária de uma viatura da Guarda Municipal em Lomba Grande que não intercepta o movimento irregular — o que deveria ocorrer, na sua opinião, uma vez que é função do órgão fiscalizar e ordenar o trânsito.
Mobilidade
A autônoma Bárbara Silveira, 35 anos, comenta sobre as dificuldades de locomoção pelo espaço reservado aos pedestres. Mãe de um menino de um ano, Bárbara relata que a passagem com o carrinho do filho se tornou inviável:
— Nos finais de semana, que tem bastante movimento, é quase impossível transitar na calçada. As pessoas precisam ter mais bom senso e lembrar que o espaço é para todos, mas cada um no seu devido lugar.
Em relação à infraestrutura do local, a moradora percebe as boas condições, mas aponta que alguns motoristas agem como se estivessem em um autódromo.
— Eu, com o carrinho, consigo ir para o asfalto, o que ainda requer atenção. Mas um cadeirante, como ficaria? — comenta.
Conclusão da obra prevista para junho
Por meio da Assessoria de Comunicação, a Secretaria de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários explicou que, “como os trabalhos ainda não foram concluídos, ainda não houve a delimitação oficial dos trechos de circulação dos condutores de veículos, pedestres e ciclistas”, ou seja, não há sinalização dos locais proibidos para carros.
Questionada sobre a função da Guarda Municipal ao fiscalizar a região, a assessoria municipal afirma que não há como punir os motoristas pelas infrações, pois são justificadas pela falta de placas e demarcações na via. Porém, não é desconsiderada a imprudência dos condutores.
A obra tem previsão de término para o final de junho deste ano, com todas as sinalizações viárias, verticais e horizontais fixadas.
Produção: Sarah Oliveira