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Solidariedade

Instituto da Capital busca parceiros para aumentar atendimentos de equoterapia para crianças de baixa renda

Projeto social Cavalo Amigo possibilita que doadores apadrinhem alunos

29/03/2019 - 07h00min


Jéssica Britto
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Tadeu Vilani / Agencia RBS
Prática oferece uma série de benefícios para a pequena Gabriella

À procura de parceiros, o Instituto Cavalo Amigo, localizado no bairro Belém Novo, em Porto Alegre, mantém aberto desde 2008 o projeto Equoterapia Solidária. A ideia é contar com empresas no apadrinhamento de crianças e adolescentes de baixa renda para oferta de equoterapia gratuita. Atualmente, 300 crianças estão em uma fila de espera, mas o Instituto só consegue atender a três devido ao baixo número de apoiadores.

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Conforme o educador físico, psicólogo e coordenador do Cavalo Amigo, Sandro Fernandes, 50 anos, o Instituto nasceu como um projeto, se tornou uma empresa, mas nunca deixou de trabalhar com responsabilidade social. Por isso, o projeto segue aberto permanentemente para que iniciativas pública e privada possam procurá-los. O apadrinhamento é possível graças à lei 9.249/1995, que possibilita doações para abatimento nas declarações de imposto de renda.

– Sempre enfrentamos dificuldades, acredito que muito por desconhecimento dessa possibilidade de ajudar– explica Sandro.

Benefícios

A equoterapia melhora o equilíbrio e a postura, ajuda na coordenação motora, aumenta a força muscular, ajuda na interação social, na autoestima e na afetividade. Durante uma sessão de 30 minutos, o cavalo consegue fazer movimentos tridimensionais e possibilita mais de 9 mil ajustes musculares e tônicos. De acordo com o educador físico, a prática traz muito benefícios mas, especialmente, no desempenho psicomotor, na fala e sociabilidade.

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– Praticamente inexistem contraindicações. E esse tipo de benefício, com apoio de um animal, apenas o cavalo proporciona – destaca Sandro.

O Instituto conta com uma equipe multidisciplinar de 17 pessoas. Os doadores destinam uma verba anual e recebem um vídeo da criança adotada nas primeiras aulas de equoterapia e, após, no fim do tratamento, afim de mostrar a evolução do aluno. De acordo com Silvia Scheffer, presidente do Instituto Cavalo Amigo, os doadores escolhem o valor, e dentro do recurso disponibilizado, é possível saber quantas crianças serão atendidas.

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Clara curte a atividade e não tem medo do cavalo

Prática indicada por especialistas

A motorista Carla Fraga, 37 anos, de Viamão, procurou o tratamento por indicação médica e viu na prática a evolução da filha Clara, de dois anos e 10 meses. Clara, desde que começou a caminhar, dava os passos na ponta dos pés devido a um encurtamento no tendão. Com um mês de equoterapia, conseguiu firmar o pé no chão com mais facilidade e adquirir novas habilidades.

– Ela sempre fez muitas atividades, como natação, fisioterapia, mas foi a equoterapia que nos mostrou mais resultados. E ela ama estar aqui. Beija o Sereno (cavalo), abraça, não tem medo nenhum – conta.

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A mesma experiência é vivida pela educadora-assistente Susiele Nunes, 31 anos, com a filha Gabriella Costa, três anos. Gabriella nasceu prematura, de uma gestação gemelar de 25 semanas, e teve sequelas neurológicas. Susiele, também por orientação médica, procurou o método. 

– Há um ano, ela não sentava sozinha, agora, já consegue. Fortaleceu o tronco e as pernas – detalha a mãe. 

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Acompanhada dos profissionais, Clara aproveita o passeio

Apadrinhe

/// Projeto Equoterapia Solidária

/// Interessados devem procurar o Instituto: Avenida Nossa Senhora de Guadalupe, 221

/// Telefones: (51) 3343-4793 ou (51) 99113-8111

/// www.cavaloamigo.com.br


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