Etiqueta contra o coronavírus
VÍDEO: aprenda a fazer a higiene das mãos e saiba qual o modo correto de espirrar e tossir
Álcool gel e água e sabão são ferramentas poderosas para barrar a transmissão da doença
Velhos hábitos de higiene são grandes aliados no combate ao contágio pelo coronavírus. Sua transmissão acontece por meio do contato com secreções contaminadas, como pequenas gotas de saliva, e também pelo ar. Em função disso, atitudes simples, como estar com a limpeza das mãos em dia e ter uma correta etiqueta na hora de espirrar e tossir, se tornaram medidas importantes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde têm recomendações e diretrizes sobre esses cuidados que ajudam a reduzir os riscos de infecção pelo coronavírus, mas também por outras doenças viriais, como H1N1, pneumonia e meningite.
Cláudio Stadnik, médico do Controle de Infecção do Complexo Hospitalar Santa Casa, de Porto Alegre, explica que o primeiro passo para garantir uma boa higiene das mãos, com água e sabão, é a retirada de todo e qualquer adereço:
— A presença de anéis dificulta a lavagem das mãos. Uma vez retirados os adornos, é preciso ter em mente que a higiene precisa contemplar todas as partes das mãos. Sempre lembramos de esfregar as palmas, mas o dorso, a região entre os dedos, o polegar e a ponta dos dedos não podem ficar de fora.
Ele ressalta que é importante esfregar essas partes porque é a fricção que garante a limpeza. E a ponta dos dedos requer atenção porque o vírus pode se resguardar embaixo das unhas, principalmente no caso de pessoas que optam por usá-las longas.
Os que preferem utilizar álcool gel – pela praticidade de poder levar um tubinho na bolsa ou bolso da calça – devem fazer os mesmos movimentos para garantir uma limpeza profunda. Outra dica importante é não encostar a mão recém-higienizada no registro da torneira. O correto é pegar papel toalha para fechá-la e depois jogar a folha utilizada no lixo.
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Já as medidas de etiqueta em relação ao espirro e à tosse se destinam mais a quem está com os sintomas da doença – febre, dor, dificuldade para respirar, tosse e pneumonia. Quando tossimos, por exemplo, a tendência é que cubramos a boca com a mão para impedir o lançamento de partículas respiratórias no ar. Contudo, ao fazer isso, essas gotículas de saliva ficam depositadas na mão e podemos vir a encostar em maçanetas, corrimãos, entre outros, diz Alexandre Zavascki, chefe do serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento (HMV), da Capital.
— Outra pessoa pode encostar nesses objetos e, aí, tem início a corrente de transmissão do vírus. Quem apresenta os sintomas da doença deve fazer a cobertura da boca com um lenço descartável, que deve ser colocado no lixo logo após o uso, ou usar o antebraço ou a parte interna do cotovelo porque são áreas que raramente encostam em objetos — afirma Zavascki.
O médico do Controle de Infecção da Santa Casa destaca ainda que essas medidas ajudam a controlar a transmissão de outros vírus:
— Ao praticarmos essas atitudes, evitamos muitas infecções sérias. É um ganho para toda a sociedade se internalizarmos essa prática em nosso dia a dia.
O chefe do serviço de Infectologia do HMV faz coro à afirmação.
— A higiene e esses outros cuidados acabam sendo mais importantes do que o uso de máscara como proteção. A máscara pode causar a falsa sensação de proteção, mas esse item protege contra as gotículas de saliva expelidas durante uma conversa realizada a menos de 1,5 metro. Além disso, quando as pessoas usam a máscara, elas tendem a ser mais relapsas com a limpeza das mãos, por exemplo — diz o especialista.
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