Notícias



Etiqueta contra o coronavírus

VÍDEO: aprenda a fazer a higiene das mãos e saiba qual o modo correto de espirrar e tossir

Álcool gel e água e sabão são ferramentas poderosas para barrar a transmissão da doença

10/03/2020 - 21h12min


Iarema Soares
Iarema Soares
Enviar E-mail

 

Velhos hábitos de higiene são grandes aliados no combate ao contágio pelo coronavírus. Sua transmissão acontece por meio do contato com secreções contaminadas, como pequenas gotas de saliva, e também pelo ar. Em função disso, atitudes simples, como estar com a limpeza das mãos em dia e ter uma correta etiqueta na hora de espirrar e tossir, se tornaram medidas importantes.  

Leia outras notícias do Diário Gaúcho

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde têm recomendações e diretrizes sobre esses cuidados que ajudam a reduzir os riscos de infecção pelo coronavírus, mas também por outras doenças viriais, como H1N1, pneumonia e meningite.  

Mateus Bruxel / Agencia RBS
Higiene ajuda a reduzir os riscos de infecção por coronavírus e outras doenças viriais, como H1N1, pneumonia e meningite

Cláudio Stadnik, médico do Controle de Infecção do Complexo Hospitalar Santa Casa, de Porto Alegre, explica que o primeiro passo para garantir uma boa higiene das mãos, com água e sabão, é a retirada de todo e qualquer adereço:

— A presença de anéis dificulta a lavagem das mãos. Uma vez retirados os adornos, é preciso ter em mente que a higiene precisa contemplar todas as partes das mãos. Sempre lembramos de esfregar as palmas, mas o dorso, a região entre os dedos, o polegar e a ponta dos dedos não podem ficar de fora.  

Ele ressalta que é importante esfregar essas partes porque é a fricção que garante a limpeza. E a ponta dos dedos requer atenção porque o vírus pode se resguardar embaixo das unhas, principalmente no caso de pessoas que optam por usá-las longas.  

Os que preferem utilizar álcool gel – pela praticidade de poder levar um tubinho na bolsa ou bolso da calça – devem fazer os mesmos movimentos para garantir uma limpeza profunda. Outra dica importante é não encostar a mão recém-higienizada no registro da torneira. O correto é pegar papel toalha para fechá-la e depois jogar a folha utilizada no lixo.  

Leia também
Campo Bom tem o primeiro caso confirmado de coronavírus no RS
Coronavírus: dos 34 casos confirmados no Brasil, 56% são mulheres e 41% têm menos de 40 anos

Já as medidas de etiqueta em relação ao espirro e à tosse se destinam mais a quem está com os sintomas da doença – febre, dor, dificuldade para respirar, tosse e pneumonia. Quando tossimos, por exemplo, a tendência é que cubramos a boca com a mão para impedir o lançamento de partículas respiratórias no ar. Contudo, ao fazer isso, essas gotículas de saliva ficam depositadas na mão e podemos vir a encostar em maçanetas, corrimãos, entre outros, diz Alexandre Zavascki, chefe do serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento (HMV), da Capital.

— Outra pessoa pode encostar nesses objetos e, aí, tem início a corrente de transmissão do vírus. Quem apresenta os sintomas da doença deve fazer a cobertura da boca com um lenço descartável, que deve ser colocado no lixo logo após o uso, ou usar o antebraço ou a parte interna do cotovelo porque são áreas que raramente encostam em objetos — afirma Zavascki.

O médico do Controle de Infecção da Santa Casa destaca ainda que essas medidas ajudam a controlar a transmissão de outros vírus:

— Ao praticarmos essas atitudes, evitamos muitas infecções sérias. É um ganho para toda a sociedade se internalizarmos essa prática em nosso dia a dia.  

O chefe do serviço de Infectologia do HMV faz coro à afirmação.

— A higiene e esses outros cuidados acabam sendo mais importantes do que o uso de máscara como proteção. A máscara pode causar a falsa sensação de proteção, mas esse item protege contra as gotículas de saliva expelidas durante uma conversa realizada a menos de 1,5 metro. Além disso, quando as pessoas usam a máscara, elas tendem a ser mais relapsas com a limpeza das mãos, por exemplo — diz o especialista. 

Mapa do coronavírus

Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins:





MAIS SOBRE

Últimas Notícias