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"A vida é feita de escolhas, e hoje eu escolhi sair", diz Teich ao deixar Ministério da Saúde

Oncologista ficou pouco menos de um mês no comando da pasta

15/05/2020 - 21h27min

Atualizada em: 15/05/2020 - 21h30min


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Folhapress
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O ex-ministro da Saúde Nelson Teich pediu demissão nesta sexta-feira (15), pouco menos de um mês depois de assumir. Em um pronunciamento que durou sete minutos, ele afirmou que deixou um plano pronto sobre o aumento no número de testes para coronavírus, mas não detalhou os motivos pelos quais deixou o cargo.

— A vida é feita de escolhas, e hoje eu escolhi sair.  Dei o melhor de mim nos dias em que estive aqui nesse período. Não é uma coisa simples estar à frente de um ministério como esse — afirmou.

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 O agora ex-ministro agradeceu a equipe de secretários e fez um aceno a representantes de Estados e municípios, com quem teve embates no cargo.

— A missão da saúde é tripartite, e isso é uma coisa importante de deixar claro. O Ministério da Saúde vê isso como verdadeiro e essencial. É um momento em que o país inteiro luta pela saúde — disse.

Teich completou a sua fala declarando que seu objetivo era ajudar o país.

— Eu não aceitei o convite pelo cargo, mas sim pelo Brasil e pela necessidade de ajudar as pessoas — afirmou ele na sua manifestação.

Wallace Martins / Futura Press/Folhapress
Nelson Teich deixou o cargo nesta sexta-feira

O ministro não respondeu as perguntas dos jornalistas, nem falou sobre as divergências com o presidente da República sobre o uso da cloroquina, ponto central da sua saída. Ele pediu demissão na manhã desta sexta, após ouvir um ultimato do presidente Bolsonaro quer a mudança no protocolo para que o medicamento seja ministrado também para os casos leves da Covid-19. 

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Teich afirmou que o seu plano também traz orientações para governadores e prefeitos no combate à pandemia. Nesta semana, estava previsto que ele anunciasse recomendações e diretrizes para flexibilização do distanciamento social, o que não aconteceu por falta de acordo com os conselhos de secretários estaduais e municipais. 

No dia 11 de maio, Teich anunciou apenas uma "matriz de risco", reiterando que a decisão final cabe a Estados e municípios, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os entes federativos têm autonomia para isso.



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