No bairro Agronomia
"Ainda bem que eu não sofro do coração", diz mulher que teve casa invadida por carro roubado na Capital
Veículo colidiu contra parede do quarto onde Elza Beatriz Belmonte da Silva, 68 anos, estava


Quem não gosta de ficar uns minutinhos a mais na cama, ainda mais em um dia chuvoso como esta segunda-feira (27)? Mas isso não foi possível para a dona Elza Beatriz Belmonte da Silva, 68 anos. Ela começava a despertar quando um carro bateu na parede da sua casa na Avenida Bento Gonçalves, junto à rótula com a Estrada João de Oliveira Remião, em Porto Alegre.
— Ainda bem que eu não sofro do coração — disse a funcionária aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A residência onde mora atualmente pertencia ao pai, que faleceu há sete anos. Faz um ano que dona Elza se mudou para o local com a filha e o neto.
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— Eu já tinha visto (carro) parar no pátio. Cair no pátio. Mas, bater na casa, é a primeira vez.

O veículo, que havia sido roubado na zona sul da Capital, colidiu bem na parede do quarto onde a aposentada dormia ao lado do neto, de 11 anos. Pedaços de madeira ficaram espalhados pela peça, junto de cacos de vidro.
Um tampão de vidro e uma televisão foram danificados. Mas a família ainda não contabilizou o prejuízo.
— Eu perdi a parede, isso sim — concluiu.
Com o passar das horas, a notícia do acidente foi se espalhando e familiares chegaram na residência. Todos assustados com a violência com que o carro bateu, mas aliviados por ninguém ter ficado ferido.
Na terça-feira, vai ser providenciado o conserto da parede. Esta noite, dona Elza, a filha Clarice e o neto Vitor vão dormir no outro quarto da casa.
O veículo que invadiu o terreno tinha três ocupantes, que fugiram após o acidente. Um deles, um adolescente de 17 anos, foi capturado e apreendido.