Fiscalização
Mais de seis meses após lei proibir atividade, prefeitura multou 293 flanelinhas em Porto Alegre
Do total de guardadores de carro autuados, 27% são reincidentes, conforme a Guarda Municipal
Desde o dia 16 de janeiro, um dia depois de o prefeito Nelson Marchezan ter sancionado lei que proíbe a ação de flanelinhas na Capital, a Guarda Municipal já autuou 293 guardadores de veículos na cidade. Deste total, 27% são reincidentes, sendo que um deles foi multado cinco vezes.
A ação de fiscalização cabe à Guarda Municipal. Segundo o órgão, os dados foram contabilizados entre 16 de janeiro e 31 de julho.
Dos 293 autuados, 81 foram multados mais de uma vez. O caso que mais chamou a atenção é o de um guardador de carro, que não teve o nome divulgado, que foi autuado uma vez a cada 36 dias desde a sanção da lei.
Porto Alegre tem entre mil e 1,2 mil guardadores de carro, de acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Pública.
Bairros
Os flanelinhas atuam mais nos bairros Praia de Belas, Centro Histórico, Protásio Alves, Santa Tereza e Cidade Baixa, conforme verificou a fiscalização da Guarda Municipal. Eles costumam guardar veículos mais no final da tarde e fins de semana.
Em meio à pandemia, muitos têm atuado perto de hospitais, mercados e bancos. Na manhã desta terça-feira (11), GaúchaZH esteve em vários locais da área central de Porto Alegre e flagrou a ação de dois guardadores de carros - que, usando máscara de proteção, estavam agindo na Rua Antenor Lemos, no bairro Menino Deus, e na Avenida José Bonifácio, nas imediações da Redenção.
Multas
A multa inicial para quem for flagrado descumprindo a lei é de R$ 300, mas, se houver reincidência, o valor dobra, passando para R$ 600. Segundo a Guarda Municipal, todas as autuações estão no prazo de recurso ainda, por isso que até o momento não houve pagamentos.
Os valores a serem arrecadados serão destinados ao Fundo Municipal de Segurança Pública (Fumseg). Quem não pagar — após o fim do período de recursos — terá o nome inscrito na divida ativa do município.
A prefeitura orienta a população a ligar para o telefone 156 — opção 3 — para ajudar na fiscalização.