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Cadê a solução?

Gravataí: Com melhorias, mas sem a passarela na RS-020

Desde 2002, o Diário Gaúcho busca respostas sobre a implementação de uma passarela ou de outras melhorias para a travessia

29/05/2021 - 05h00min

Atualizada em: 29/05/2021 - 05h00min


Mateus Bruxel / Agencia RBS
Na foto, Antônio Augusto Gonçalves e Iracema Machado da Silva esperam em parada de ônibus

Uma antiga queixa dos moradores do entorno da RS-020, em Gravataí, refere-se ao perigo para atravessar a rodovia. Desde 2002, o Diário Gaúcho busca respostas sobre a implementação de uma passarela ou de outras melhorias para a travessia, principalmente em pontos de maior movimento de pedestres, na área urbana.

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A duplicação já era citada na edição de 2002 e, com as obras, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer-RS) informou que deveriam ser instalados equipamentos para trânsito de pedestres, passarelas ou travessias subterrâneas e passeios nas laterais. À época, a RS-020 era totalmente administrada pelo órgão. 

Hoje, um trecho da estrada é municipalizado – entre as paradas 60 e 67 – e recebeu melhorias, como duplicação e sinalização. Dentro da área sob cuidado da prefeitura, apenas uma parada está inacessível e isolada por cones. A prefeitura explicou que, no trecho a partir da Parada 62, há uma obra de drenagem sendo feita por empresa privada que deve se estender por mais 60 dias. O que não mudou foi o risco que as pessoas correm ao atravessar a via.

Travessia

Na altura da Parada 64, o funcionário dos Correios aposentado Antonio Augusto Gonçalves, 72 anos, morador da região há mais de meio século, esperava ônibus para Cachoeirinha. Questionado sobre como atravessou, contou:

– Olha, a faixa está lá (apontando para longe). É complicado atravessar, e perigoso. Tem que olhar bem para os lados.

Além de Antonio, na parada, estava a moradora de Cachoeirinha Iracema Machado, 63 anos, que havia visitado sua irmã.

– Tive que atravessar correndo. Não moro aqui, mas sempre achei perigoso para quem tem que fazer isso – explica.

Hoje, o Daer-RS não responde mais pelo trecho, já que foi municipalizado. A prefeitura afirma que a sinalização existente no local atualmente “responde com eficiência ao fluxo de pedestres e veículos” e que “não há a necessidade de uma passarela”.

Mateus Bruxel / Agencia RBS
Parada 81 com estrutura antiga

Paradas terão nova estrutura

No ponto onde Antonio e Iracema aguardavam, não havia calçada ou abrigo, diferentemente das paradas vizinhas, que estavam com estrutura nova. Conforme a prefeitura de Gravataí, essa parada será reconstruída, “em razão da necessidade de obra de adequação do canteiro, o que deve ocorrer em um prazo de até 60 dias”.

As paradas de ônibus em direção aos distritos de Itacolomi e Morungava não possuem a mesma estrutura metálica azul das que ficam na cidade. Nem um padrão. A Parada 72 fica embaixo de uma árvore, e a 73 está pendurada em um poste. Adiante, outras formas de paradas são encontradas, como uma casinha de madeira, na Parada 75, e uma cobertura amarelada antiga, como na 81.

De acordo com a prefeitura, a colocação de novos abrigos nesse trecho está no projeto do município ainda neste ano.

MEIA PROMESSA

/// Não há qualquer perspectiva de passarela.

/// Prefeitura garante que paradas terão novos abrigos até o final do ano.

Produção: Caroline Tidra

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