Segundo aumento em um mês
Com novo reajuste, alta da gasolina chega a 73,4% em 2021
Novos valores dos combustíveis entram em vigor a partir desta terça-feira
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) mais um reajuste no preço do diesel e da gasolina para as distribuidoras a partir desta terça (26). Trata-se do segundo reajuste nos dois combustíveis em menos de um mês.
Desde o início do ano, a estatal já promoveu pelo menos 13 reajustes no preço do diesel (com 10 altas e três reduções) e 15 no valor da gasolina (com 11 altas e quatro reduções). No ano, a gasolina subiu 73,4% nas refinarias. Já o diesel acumula alta de 65,3% no mesmo período.
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A partir desta terça-feira, conforme anunciou a Petrobras, o preço médio de venda da gasolina A para as distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,21 por litro, ou alta de 7,05%. O último reajuste havia sido no dia 9 deste mês, com alta de 7,2%.
Já para o diesel, o preço médio de venda para as distribuidoras passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, com reajuste médio de R$ 0,28 por litro, ou seja, 9,15%. O último reajuste no diesel havia sido em 28 de setembro, com alta de 8,89% e após 85 dias de preços estáveis.
Para o consumidor final, o peso do reajuste é diferente, já que inclui na conta o lucro das distribuidoras e os tributos.
Segundo a Petrobras, o reajuste nas bombas deve impactar em uma alta de R$ 0,15 por litro na gasolina. O cálculo considera a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos.
Para o diesel, o cálculo da estatal aponta aumento de R$ 0,24 nas bombas, levando em conta a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel vendido nos postos.
Na semana passada, o preço médio da gasolina ficou em R$ 6,36 o litro nos postos, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor máximo verificado foi de R$ 7,46. Já o óleo diesel registrou preço médio de R$ 5,04 e máximo de R$ 6,42 o litro.
Considerando as médias mensais calculadas pela ANP no país, o preço da gasolina subiu R$ 1,64 de janeiro a outubro – era R$ 4,62 no primeiro mês do ano e passou para os atuais R$ 6,26. No diesel, o aumento foi de R$ 1,28 por litro – de R$ 3,69 na média de janeiro para R$ 4,97 na média de outubro.
Os reajustes nos combustíveis já eram esperados, conforme adiantou o presidente Jair Bolsonaro no fim de semana, e refletem a alta do preço do petróleo no mercado internacional e a desvalorização do real em relação ao dólar.
"Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras", disse a estatal em comunicado.
Além disso, apesar dos reajustes, os preços praticados pela Petrobras ainda se encontram defasados em relação ao mercado externo. A diferença chega a 20% na gasolina.