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Corsan aumenta nível de cloro na água para prevenir surto de diarreia no Rio Grande do Sul

Autoridades alertam que é necessário reforçar a limpeza de reservatórios domésticos

21/10/2021 - 21h46min


Guilherme Milman
Guilherme Milman
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 A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) decidiu aumentar em 80% o nível de cloro na água que abastece 317 municípios gaúchos. A medida serve para prevenção contra o aumento da doença diarreica grave no Rio Grande do Sul.

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Em 7 de outubro, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) emitiu um alerta para o aumento expressivo de casos desde o final de agosto. Conforme dados recentes, mais de 2 mil pessoas já foram afetadas em 25 cidades gaúchas. Um novo boletim está sendo produzido, mas ainda não há previsão para ser divulgado.

O norovírus, responsável pela transmissão da doença, entra no organismo principalmente através da ingestão de água contaminada. Portanto, conforme a companhia, o problema não costuma se originar da água tratada. O principal problema, segundo autoridades, está relacionado com os reservatórios domésticos, que armazenam água natural e, por isso, devem ser limpos regularmente, mantendo os recipientes tampados para evitar qualquer contaminação.

Com a medida, a quantidade de cloro irá aumentar de 0,5  para 0,9 miligramas por litro. A Corsan garante que o aumento está dentro do que permite a legislação e que não vai afetar o consumo. Conforme portaria do Ministério da Saúde, é possível aplicar até 2 mg/l.

Outras formas de contágio

O médico infectologista André Luiz Machado, do Hospital Conceição, lembra que a ingestão de água não é a única forma de o vírus se propagar. A contaminação pode surgir também do contato entre as pessoas ou em superfícies. O cuidado deve ser ainda maior para pessoas que trabalham diretamente com manipulação e produção de alimentos.

— É preciso lavar bem as mãos e higienizar superfícies. Principalmente quem tem contato direto com alimentos, pois eles serão consumidos por outras pessoas que podem ser infectadas — alerta.

Dmae

Responsável pelo tratamento de água em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) afirmou que não aplicará essa medida enquanto não houver a autorização técnica dos laboratórios que realizam o serviço. 

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