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Setembro tem menor número de mortes por covid-19 em 15 meses na Região Metropolitana

Dados da SES-RS mostram redução de mortes por covid-19 de 7,6% entre agosto e setembro. Mês ainda é o que tem menor número de mortes desde junho do ano passado

13/10/2021 - 05h00min

Atualizada em: 13/10/2021 - 05h00min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Cristiane Barcelos / SMS,Divulgação

O avanço da vacinação e continuidade de cuidados como o uso de máscaras e a higienização têm dado resultado. Na Região Metropolitana, setembro encerrou-se como o mês com menor número de mortes por covid-19 em 2021. E, olhando os dados desde o início da pandemia, os 266 óbitos registrados no mês passado são o menor número de vítimas desde junho de 2020, quando 177 pessoas perderam a vida para a infecção causada pelo coronavírus. 

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Os dados foram obtidos através de pesquisa nos bancos de dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS) e englobam números de 12 cidades, no período entre março de 2020 até o final de setembro deste ano.

A queda de mortes não foi exclusividade da Região Metropolitana como um todo. Olhando separadamente para as 12 cidades analisadas, em sete, setembro também foi o mês com menos óbitos em 2021. Em outras cinco cidades, o mês menos letal do ano foi agosto. Ainda assim, no mês passado, todas as cidades registraram ao menos uma morte por covid-19. O menor número foi em Esteio, com um óbito, enquanto Porto Alegre teve o maior número, com 119. A capital costuma ter os maiores números brutos, obviamente, por ter uma população maior. 

Os dados positivos vêm de encontro a escalada da imunização no Estado. Conforme o painel da SES-RS, até esta terça-feira, 97,8% dos gaúchos aptos a se vacinarem já haviam recebido a primeira dose e 68,8% tinham o esquema vacinal completo — duas doses ou dose única.

Virada requer atenção

Entretanto, ainda é preciso olhar os números com cautela. Especialistas têm alertado para uma virada ou estabilização da queda nas mortes e casos. Os números que vinham reduzindo têm parado ou invertido essa curva. E, olhando especificamente para as cinco cidades da Região Metropolitana onde setembro não foi o mês com menos mortes neste ano, essa alternância é perceptível. 

Sapucaia do Sul teve o menor índice de aumento, com 25% — foram 15 mortes em agosto e 25 em setembro. Depois, aparecem Cachoeirinha, com 33,3%. A cidade teve 12 óbitos no mês passado, ante as 9 que tinham ocorrido em agosto. Em São Leopoldo foram 17 mortes por covid-19 ema agosto e 25 no mês passado — aumento de 47%—, enquanto Novo Hamburgo teve 47,3% de acréscimo nos falecimento pelo vírus — foram 19 mortes em agosto e 28 em setembro.

O número mais preocupante é o de Guaíba. Por lá, o mês de setembro teve 14 mortes por covid-19. Foi a maior quantidade registrada desde junho deste ano. A cidade vinha de dois meses — julho e agosto —, com oito mortes em cada, foram os menores índices registrados em 2021. Entretanto, com a virada no mês passado, o crescimento nas mortes entre agosto e setembro foi de 75%. 

A prefeitura de Guaíba cita que não encontrou razão lógica para o aumento, mas aponta possibilidades como aumento das flexibilizações e surgimento de variantes. "Temos seis casos de variante Delta identificados em Guaíba", disse a prefeitura, em nota. O município reforça que tem alertado a população de que "a pandemia ainda não terminou".

Estabilidade em piso alto

Coordenador na Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt publicou nesta semana uma atualização relacionada à estabilização da queda dos casos e mortes. No texto, ele alerta que com a vacinação, essa mudança na tendência de queda tem uma proporção de casos e óbitos muito menor em relação às ondas anteriores. O quadro se repete na Região Sul, onde Isaac também apontou uma "tendência à estabilização nos dados". 

Porém, na análise, o coordenador chama atenção para o risco de o país estar chegando em um piso de casos e mortes. O problema é que "esse piso pode estar sendo bastante alto, ao estabilizar em torno de 500 óbitos notificados por dia de média no Brasil", escreveu Isaac. A necessidade é de que se reduza esse número para caso ocorra um novo aumento nas contaminações, as medidas de proteção sejam mais eficazes: vacina, máscaras, ambientes ventilados e distanciamento físico. 

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