Presença virtual
Sítio do Laçador ganha banners simulando em tamanho real o monumento que está sendo restaurado
Painéis de 4,4 metros de altura ficarão no local até o retorno da escultura
Quem chega a Porto Alegre pela BR-116 pode acreditar, em um olhar mais desatento, que o Monumento ao Laçador retornou ao seu local de exposição. Isso porque as empresas envolvidas no restauro instalaram banners com fotos em tamanho real da obra, 4,4 metros de altura. São quatro faces impressas, de um retrato captado pelo fotógrafo Gilberto Perin.
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Contra o sol, o pano de fundo fica em tons transparentes, reforçando a imagem do símbolo gauchesco. A iniciativa agradou o motorista de aplicativos Leandro Pereira, 51 anos.
— Pelo menos não fica o vazio ali, marca a presença do Laçador — opina.
A intenção dos organizadores vai ao encontro do que disse o condutor: "Fortalecer a manutenção da identidade visual do local", informou o consórcio formado para o restauro, que inclui o Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) e a Associação Sul Riograndense da Construção Civil.
Os banners foram impressos em material resistente à água e à luz do sol e o design gráfico, com ajuste da imagem da escultura às dimensões, é de Suzana Hartz.
Criado pelo artista Antônio Caringi, o monumento teve como modelo o folclorista Paixão Côrtes. A estátua foi retirada do local em 28 de setembro, após ter micro-rupturas identificadas. A escultura deverá retornar à zona norte da Capital próximo do final do ano, serão cerca de 90 dias de trabalho de recuperação. A reprodução permanecerá no Sítio do Laçador até o retorno definitivo do monumento.
A obra vai custar R$ 900 mil, sendo que R$ 810 mil foram captados junto à iniciativa privada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. A prefeitura de Porto Alegre entrou com R$ 90 mil, como contrapartida. A estátua precisará ser aberta e limpa, já que foi colocada argamassa no interior dela quando foi trocada de local, o que provocou fissuras. O monumento receberá também um tratamento com pátina química para deixar o acabamento sem cicatrizes permanentes.
O projeto de revitalização conta ainda com o patrocínio da Gerdau e Sulgás, e apoio da JOG Andaimes, Elevato e Ministério Público do Rio Grande do Sul.