A farmacêutica Pfizer iniciou a condução de uma série de estudos clínicos de fases dois e três em diferentes Estados do Brasil, entre eles o Rio Grande do Sul. O experimento busca desenvolver um medicamento contra a covid-19.

A pesquisa utiliza a molécula PF-07321332, que é um antiviral da classe dos inibidores de protease, que mostrou potencial no combate à doença quando administrado por via oral. A droga será coadministrada com uma baixa dose do ritonavir, um antirretroviral utilizado em tratamento de infecção por HIV.

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No RS, o centro participante do estudo é o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que está recrutando voluntários. Podem participar adultos com covid-19, vacinados ou não, que estejam sintomáticos e não hospitalizados, com baixo ou maior risco de progressão para doença grave. Os participantes receberão acompanhamento por 24 semanas, com duas visitas presenciais no Clínicas e as demais consultas por teleatendimento. Interessados podem contatar a equipe de pesquisa pelo telefone: (51) 3359-6281 ou e-mail c467@hcpa.edu.br.

O estudo

Segundo a Pfizer, os estudos pré-clínicos demonstraram uma potente atividade in vitro da molécula PF-07321332 contra o sars-cov-2 e adequada segurança e tolerabilidade nos experimentos de fase um em humanos. Por isso, foram elaborados três estudos pivotais (ou seja, focados em fornecer dados de segurança específicos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa), randomizados (por sorteio), duplo-cego (quando médico nem paciente sabem se houve administração do medicamento) e controlados por placebo.

• Estudo em pacientes não vacinados ou vacinados com suspeita e/ou diagnóstico de covid-19 e com baixo risco de desenvolver doença grave;
• Estudo em pacientes não vacinados com suspeita e/ou diagnóstico de covid-19 e com alto risco de desenvolver doença grave;
• Estudo em pessoas não vacinadas cujos contatos domiciliares estão com covid-19.

Os estudos foram previamente aprovados pela Anvisa e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), assim como pelos Comitês de Ética dos centros de pesquisa selecionados.