Saúde bucal
Ampliação na oferta de próteses dentárias deve reduzir fila de espera em Porto Alegre
Contrato com o Sesc/RS fará número de dentaduras por mês ser ampliado de 80 para 230. São cerca de 2,5 mil pessoas no aguardo
A oferta de próteses dentárias na Capital será aumentada, a partir deste mês, em até 150 unidades por mês. A ampliação é graças a um contrato da prefeitura com o Serviço Social do Comércio (Sesc/RS), assinado em setembro, e prevê investimento de até R$ 93 mil mensais.
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Até outubro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferecia 80 próteses totais e parciais removíveis ao mês, em contrato com o Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Com o acréscimo, o número total de itens mensais fornecidos pode chegar a 230 unidades, um aumento de 187%. A contratação é válida por um ano.
Os atendimentos já começaram na manhã desta terça-feira (1º) . Dirce Alves Dalolmo, 76 anos, foi uma das primeiras pacientes:
– Usar a prótese melhora em tudo, para sorrir, se alimentar, conversar.
A cirurgiã-dentista do Sesc e especialista em prótese, Viviane Fornari Vidal, explica que o tratamento impacta muito na autoestima, no bem-estar social e na qualidade de vida das pessoas.
– Os pacientes ficam muito felizes e satisfeitos com a reabilitação, é gratificante – conta.
Em média, são realizadas quatro consultas até a colocação da prótese. Para ter acesso, serão priorizados cerca de 2,5 mil moradores de Porto Alegre que já aguardam na fila do Sistema de Gerenciamento de Consultas (Gercon). O encaminhamento é feito em consulta de avaliação odontológica na unidade de saúde, após tratamento dentário para adequação da boca.
Conforme a coordenadora da área na SMS, Monica Hermann, a reabilitação protética traz mais qualidade de vida.
– Esse tratamento restabelece a mastigação e a estética, o que influencia no convívio social do paciente, dá ânimo para sair de casa, trabalhar e fazer as tarefas do dia a dia sem se sentir envergonhado – afirma.
Porto Alegre possui 222 equipes de saúde bucal, distribuídas em 104 unidades de saúde, além de cinco Centros de Especialidades Odontológicas. Após encaminhamento, a confecção da prótese é feita em unidades operacionais do Sesc na Capital.
Diário Gaúcho acompanha o problema
Há mais de 10 anos, o DG mostra o drama das pessoas que esperam por uma prótese dentária via Sistema Único de Saúde (SUS). Reportagem publicada em maio deste ano mostrava que a fila já ultrapassava as 2 mil pessoas na Capital e que a espera poderia ultrapassar os três anos. Um problema que atrapalha a alimentação, a convivência social e, muitas vezes, a busca por um emprego.