Jogo de estratégia
Torneio de xadrez reúne mais de cem estudantes em escola da zona sul de Porto Alegre
Evento é fruto de projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação
Um torneio de xadrez reuniu mais de cem crianças e adolescentes em uma escola do bairro Restinga, na zona sul de Porto Alegre, na tarde desta quarta-feira (16). O evento é fruto do projeto Xadrez POA, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), com o objetivo de levar o esporte para as instituições de ensino da Capital.
Os 112 participantes se reuniram na quadra da Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Alberto Pasqualini para aguardar as partidas, que foram divididas por categorias, conforme as idades — havia jogadores de sete a 17 anos. O torneio começou por volta das 14h, teve cinco rodadas e contou com a participação de alunos de 12 instituições de ensino municipais e estaduais.
Adriana Xavier, coordenadora do projeto, explica que a iniciativa nasceu em julho deste ano. Uma vez por mês, a Smed promove formações para os professores da rede, para que eles possam trabalhar o xadrez com os alunos em suas escolas. Ela ressalta que o esporte é uma ferramenta pedagógica fortíssima e transdisciplinar, ou seja, que pode ser explorado em diferentes disciplinas, como matemática, história e educação física.
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— O xadrez desenvolve principalmente os processos cognitivos, mas também ajuda a gente a parar, focar, se concentrar, a produzir estratégias, porque não pode só mexer as peças, sem ter um fim. Baseada nesses benefícios, eu propus o projeto, que foi aceito pela Secretaria de Educação. Então, o que eu fiz foi juntar trabalhos que são maravilhosos lá na ponta, nas escolas, e fizemos uma rede — relata Adriana.
A pasta contratou a Federação Gaúcha de Xadrez para fazer a arbitragem do torneio. Além desse serviço, a entidade forneceu todos os tabuleiros em formato oficial e relógios digitais para cronometrar as jogadas. Os árbitros também ficaram disponíveis durante o evento para tirar dúvidas dos competidores.
Um dos participantes do torneio foi Matheus Sebástian Di Franco Machado, 11 anos, que estuda em uma escola municipal do bairro Cristal, também em Porto Alegre. Ele conta que aprendeu xadrez há quatro anos e já participou de outros eventos semelhantes. Também afirma que o esporte lhe ajudou em alguns aspectos:
— Melhorou minha ansiedade. Eu era muito ansioso antigamente, mas o xadrez já me ajudou a parar um pouco, parar para pensar. Me ajudou com meu raciocínio, com meus cálculos, porque no xadrez precisa calcular as variantes, não é só jogar um lance.
No final do evento, todos os alunos receberam medalhas de participação. Outras premiações também estavam disponíveis para cada categoria, além de um troféu para a melhor escola.