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Após menino morrer atropelado, avenida em Canoas recebe sinalização

Jovem foi atingido por um veículo em alta velocidade; família espera que a prefeitura cumpra todas as promessas de melhorias no local

13/01/2023 - 12h30min


Alisson Moura / Prefeitura de Canoas
Sinal de "pare" foi pintado na via, que fica no bairro Fátima

Pouco mais de 20 dias após o falecimento do estudante Ryan Gamarra Beker, 15 anos, atingido por um veículo em alta velocidade na Avenida Engenheiro Irineu de Carvalho Braga, no bairro Fátima, em Canoas, a prefeitura realizou algumas melhorias na sinalização da via. Foram pintadas faixas de segurança e instaladas placas com indicação de limite de velocidade.

Apesar de fazer parte da Perimetral Oeste, obra que promete ligar de ponta a ponta toda a parte oeste do município, a avenida estava sem sinalização e iluminação adequadas, e segue sem redutores de velocidade, se tornando perigosa para atravessar.

A falta de estrutura adequada interrompeu de forma precoce a vida de Ryan e criou uma ferida profunda nos familiares do jovem. Uma semana após o acidente, apesar do luto, os parentes se juntaram a amigos e vizinhos e, através através de uma manifestação pacífica, reivindicaram sinalização e iluminação da avenida para que mais ninguém passasse por esse sofrimento.

A prefeitura de Canoas informou que "nos dias 29 e 30 de dezembro foram realizadas algumas melhorias paliativas na sinalização da Avenida Engenheiro Irineu de Carvalho Braga, como a pintura de três faixas de segurança e de um alerta de pare no chão da via, além da instalação de uma placa de 50 km/h. Também ocorreram ações normais do controle da obra. Toda a sinalização vertical e horizontal da via será entregue ao final da obra da Perimetral Oeste, em março, como prevê o contrato".

Alisson Moura / Prefeitura de Canoas
Uma das melhorias foi a pintura de faixa de pedestres

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Radares móveis

A promessa da administração feita na reportagem do DG de 28 de dezembro, que conta o sofrimento passado pela família de Ryan, era de que seriam instalados ainda semáforos, postes com iluminação LED e redutores de velocidade. Além disso, haveria radares móveis para o controle de velocidade. A comunidade segue esperando por esses pedidos.

— Eles apenas pintaram faixas na avenida um dia após sair a matéria no DG. E não adiantou colocarem, porque os carros continuam passando a milhão — conta a mãe do menino, Jaqueline Gamarra, 35 anos, que espera que a prefeitura cumpra todas as promessas de melhorias no local, especialmente em relação à utilização de redutores de velocidade.

"Dor que não tem fim"

Em 5 de janeiro, um mês após o acidente, parentes e amigos se reuniram novamente na Avenida Engenheiro Irineu de Carvalho Braga, redesenharam uma borboleta no local do acidente em homenagem ao jovem e fizeram um círculo de oração.

— Ele era muito amado e faz muita falta. Não vamos deixar Ryan ser só mais um nas estatísticas, não vamos deixar isso sem resposta ou providência. Não podemos deixar outras famílias passarem pelo mesmo, pois a dor não tem fim — afirma Jaqueline, que busca solução definitiva para a insegurança vivida pelos moradores do bairro Fátima, e não apenas soluções temporárias e paliativas.

Relembre

/// Na noite de 5 de dezembro, Ryan saiu da casa da namorada e foi em direção à sua, onde morava com os três irmãos e os pais, no bairro Fátima, em Canoas. No cruzamento da Rua B (das Torres) com a Avenida Engenheiro Irineu de Carvalho Braga, ele foi atingido por um veículo em alta velocidade e morreu no local.

/// A família soube do acidente através do irmão mais velho de Ryan, que trabalha como motoboy no turno da noite e passou pelo local. Quando chegou no trabalho, recebeu uma foto do acidente e identificou as roupas do irmão. 

/// O caso é investigado pela 4ª Delegacia da Polícia Civil (4ª DP) de Canoas.

Produção: Júlia Ozorio



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