Vale do Caí
Aulas seguirão suspensas até quarta-feira em escola atingida por incêndio em Capela de Santana
Fogo é considerado pela polícia como criminoso, e duas alunas menores de idade são suspeitas de terem iniciado as chamas
As aulas na Escola Municipal Nossa Senhora das Graças, em Capela de Santana, no Vale do Caí, seguirão suspensas nesta terça (25) e quarta-feira (26). Essa é a previsão da Secretaria de Educação do município, após a escola ter registrado um incêndio na manhã desta segunda-feira (24).
O incêndio virou caso de polícia após ser considerado criminoso. Conforme o delegado Fabio Motta Lopes, que investiga o caso, duas alunas são suspeitas de começarem o fogo. Conforme depoimentos colhidos pela polícia, as duas foram as últimas a entrar no banheiro onde as chamas se iniciaram.
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Além do banheiro, o laboratório de informática da escola foi totalmente destruído e uma sala de aula, que era ocupada pelo 2º e 5º ano, foi parcialmente afetada. Na tarde desta segunda-feira, o Corpo de Bombeiros esteve no local para avaliar a estrutura atingida pelo incêndio.
Já nesta terça-feira, o setor de engenharia da Secretaria de Educação também irá avaliar a estrutura.
— Vamos analisar para que então possamos decidir a linha de ação. A princípio, temos como seguir com as atividades escolares sem ocupar aquele espaço, mas isso decidiremos a partir dessa avaliação. Enquanto isso, mantemos a suspensão das aulas pelo menos na terça e quarta-feira — afirma o secretário de educação, João Leomar de Almeida.
O secretário também confirmou que as duas adolescentes serão encaminhadas ao Núcleo de Atendimento Educacional, onde é realizado atendimento psicológico. Até então, elas não tinham nenhum registro ou histórico de infrações.
Nesta terça-feira, o delegado Fabio Lopes terá uma reunião com a promotoria de Justiça de Portão, responsável por Capela de Santana.
— O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê desde uma simples advertência para adolescentes infratores até uma medida mais extrema, que é a internaçao. Nesse caso, em tese, é possível pensar em uma internação provisória em virtude da gravidade do fato. Mas essa seria uma atribuição do Ministério Público Estadual — explica Lopes.
Ainda conforme o delegado, a investigação não apontou indícios de omissão ou algo que possa responsabilizar os pais das adolescentes pelo caso.